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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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(melaço) sempre disponível na produção industrial <strong>de</strong> sacarose [Tereos (2006)]. Essa hortaliçatem uma raiz tuberosa, na qual acumula quantida<strong>de</strong>s elevadas <strong>de</strong> açúcar, apresentandoprodutivida<strong>de</strong> entre 50 e 100 toneladas por hectare e teores <strong>de</strong> sacarose da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 18%[RIRDC (2007)], po<strong>de</strong>ndo alcançar índices <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> agroindustriais bastante elevados,da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 7.500 litros <strong>de</strong> bioetanol por hectare cultivado, similares à <strong>cana</strong>. O processamentoindustrial da beterraba se inicia com sua limpeza e fracionamento em fatias finas,que seguem para um difusor, no qual são, sucessivamente, lavadas em água quente, ce<strong>de</strong>ndoseu açúcar. O líquido resultante <strong>de</strong>ssa operação contém aproximadamente 16% <strong>de</strong> sólidossolúveis extraídos da beterraba, sendo então processado <strong>de</strong> forma análoga ao caldo <strong>de</strong> <strong>cana</strong>,para açúcar ou para bioetanol. Com uma tonelada <strong>de</strong> tubérculos, são produzidos 86 litros<strong>de</strong> bioetanol e 51 kg <strong>de</strong> uma torta fibrosa que po<strong>de</strong> ser utilizada para alimentação animal [ElSayed et al. (2005)]. Observe-se que, apesar <strong>de</strong> apresentar elevada produtivida<strong>de</strong>, a beterraba<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia externa (eletricida<strong>de</strong> e combustível) para seu processamento.Embora ainda não exista uma produção significativa <strong>de</strong> bioetanol com base no sorgo sacarino(Sorghum bicolor (L.) Moench), esse cultivo tem sido freqüentemente proposto como umapotencial fonte <strong>de</strong> matéria-prima. Em particular, a utilização do sorgo para a fabricação <strong>de</strong>bioetanol po<strong>de</strong>ria ser integrada à agroindústria <strong>cana</strong>vieira, esten<strong>de</strong>ndo o período usual <strong>de</strong>safra com um cultivo mais rústico que a <strong>cana</strong> e com diversas semelhanças quanto ao processamento.Os colmos <strong>de</strong> sorgo doce po<strong>de</strong>m ser processados em moendas, produzindo umcaldo açucarado, com um conteúdo <strong>de</strong> sacarose inferior ao caldo <strong>de</strong> <strong>cana</strong>, que po<strong>de</strong>, por suavez, ser submetido a um processo industrial similar para produzir méis e bioetanol.Consi<strong>de</strong>rando uma produtivida<strong>de</strong> industrial <strong>de</strong> 40 litros <strong>de</strong> bioetanol por tonelada <strong>de</strong> sorgoprocessado [Icrisat (2004)] e os valores <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> agrícola <strong>de</strong> 50 toneladas porhectare, observados em áreas plantadas com o cultivar BR 505, <strong>de</strong>senvolvido pela EmpresaBrasileira <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Centro Nacional <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong> Milho eSorgo, visando à produção <strong>de</strong> bioetanol [Teixeira et al. (1997)], tem-se uma produtivida<strong>de</strong>agroindustrial <strong>de</strong> 2.500 litros <strong>de</strong> bioetanol por hectare. Não obstante, o emprego do sorgoainda apresenta dificulda<strong>de</strong>s que precisam ser superadas antes <strong>de</strong> sua efetiva adoção, principalmentesua reduzida resistência à <strong>de</strong>gradação após a colheita, a limitada base <strong>de</strong> germoplasma,a pouca adaptabilida<strong>de</strong> ambiental e a baixa resistência a pragas e doenças [Venturi eVenturi (2003)]. Com efeito, experimentos em usinas paulistas com sorgo, mesmo consorciadoà <strong>cana</strong>, não produziram resultados motivadores [Leal (2008)].Tendo em vista a possível viabilização, em médio prazo, <strong>de</strong> rotas inovadoras para a produção<strong>de</strong> bioetanol, especialmente mediante a hidrólise <strong>de</strong> materiais celulósicos, além das espéciessilviculturais como o eucalipto e algumas leguminosas arbóreas (em particular, Leucaenaspp.), cresce o interesse em gramíneas <strong>de</strong> rápido crescimento e alta produtivida<strong>de</strong>, como ocapim-elefante (Pennisetum purpureum), normalmente utilizado como forrageira no Brasil,e o switchgrass (Panicum virgatum), espécie nativa na América do Norte, que po<strong>de</strong>riam produzirvários cortes anuais, além do capim alto do gênero Miscanthus, <strong>de</strong> maior interesse naEuropa como fonte <strong>de</strong> biomassa celulósica.91<strong>Bioetanol</strong>-03.indd 91 11/11/2008 15:23:38

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