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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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cessariamente, mais complexos e a formação <strong>de</strong> preços se sujeita a outros condicionantes epadrões. Por exemplo, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> limites, é o preço da gasolina que tem <strong>de</strong>finido o preço dobioetanol no Brasil nos últimos meses, constituindo o teto a ser respeitado pelos produtoresinteressados em proteger seu mercado consumidor. Esse mercado conta com um crescentenúmero <strong>de</strong> veículos flexíveis, que po<strong>de</strong>rão migrar para a gasolina caso o preço do bioetanolao consumidor, por litro, ultrapasse cerca <strong>de</strong> 70% do preço da gasolina nos postos reven<strong>de</strong>dores.Por outro lado, o preço do bioetanol também limita a elevação do preço da gasolina, jáque os consumidores que, eventualmente, usam gasolina <strong>de</strong>ixarão <strong>de</strong> fazê-lo caso o bioetanollhes pareça mais atrativo. Essa arbitragem exercida pelo consumidor leva em conta os custosfinais na utilização dos combustíveis, que são, por sua vez, uma conseqüência das diferenças <strong>de</strong>consumo por quilômetro percorrido, e tem constituído um efetivo estabilizador dos preços doscombustíveis no Brasil, mesmo em tempos <strong>de</strong> altos preços do barril <strong>de</strong> petróleo.2.3 Ca<strong>de</strong>ias logísticas para o etanolApresentados os condicionantes <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m técnica e econômica e estabelecido um marcoreferencial para a promoção do uso do etanol, é interessante comentar os requerimentos <strong>de</strong>infra-estrutura e logística para sua efetiva implementação. Em muitos países, reconhece-seque o etanol <strong>de</strong>veria e po<strong>de</strong>ria participar da matriz energética, mas são apontados obstáculosna infra-estrutura e carência <strong>de</strong> recursos para sua superação.De modo geral, as condições <strong>de</strong> transporte e armazenamento do etanol, puro ou misturado àgasolina, não são, essencialmente, diferentes das empregadas com os combustíveis <strong>de</strong>rivados<strong>de</strong> petróleo. Contudo, existem, pelo menos, três fatores particulares e importantes a consi<strong>de</strong>rar:a sazonalida<strong>de</strong> da produção <strong>de</strong> etanol, a dispersão espacial <strong>de</strong>ssa produção e a compatibilida<strong>de</strong>dos materiais dos tanques e tubulações que estarão em contato com o etanol e suasmisturas. Esses temas serão comentados a seguir, consi<strong>de</strong>rando o contexto da agroindústria<strong>de</strong> etanol com base na <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar.Como não se po<strong>de</strong> armazenar a <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar por mais do que poucos dias, para a <strong>cana</strong>colhida manualmente, e apenas por algumas horas, para a <strong>cana</strong> picada, colhida com máquinas,apenas durante os meses <strong>de</strong> colheita há produção <strong>de</strong> etanol, produto que, por sua vez, éconsumido regularmente ao longo <strong>de</strong> todo o ano. Em tal contexto, é evi<strong>de</strong>nte a importânciada duração da safra <strong>de</strong> <strong>cana</strong>. São sempre interessantes safras mais longas, que permitem melhorutilização da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção instalada e menor necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenamentopara o período <strong>de</strong> entressafra. Nesse sentido, a produção <strong>de</strong> bioetanol <strong>de</strong> milho ou <strong>de</strong> mandioca(com raspas secas) apresenta vantagens, já que a matéria-prima é armazenável.Em uma mo<strong>de</strong>lagem simples das relações entre capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção, estoques e <strong>de</strong>manda<strong>de</strong> bioetanol, como apresentado na Figura 5, indica-se como ocorrem a formação eo consumo do estoque <strong>de</strong> entressafra. Nessa figura, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção adicional ao60<strong>Bioetanol</strong>-02.indd 60 11/11/2008 15:22:21

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