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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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produção segue por rotas mais diretas, sobretudo nas regiões mais distantes ou em mercados <strong>de</strong>menor expressão, embora sempre e necessariamente passe pelas bases primárias para a misturacom gasolina, uma exclusivida<strong>de</strong> legal das distribuidoras <strong>de</strong> combustível.Essa opção brasileira <strong>de</strong> permitir a mescla do etanol anidro com a gasolina apenas pelasdistribuidoras foi <strong>de</strong>terminada, essencialmente, por aspectos tributários (simplificação do recolhimento<strong>de</strong> tributos), já que, em princípio, a mistura <strong>de</strong> bioetanol e gasolina po<strong>de</strong>riaser efetua da nas usinas produtoras, nas refinarias ou, mesmo, nos postos reven<strong>de</strong>dores, nomomento <strong>de</strong> abastecer os veículos. Não obstante, existem outras justificativas importantes,como a <strong>de</strong>scentralização da produção <strong>de</strong> bioetanol e sua proximida<strong>de</strong> das bases <strong>de</strong> distribuição,bem como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contar com uma clara e inequívoca atribuição <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>squanto à especificação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do combustível, um aspecto essencial.Nesse sentido, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> operação empregado no Brasil <strong>de</strong>ixa bem claro: as refinariasproduzem gasolina, as usinas produzem bioetanol anidro e as companhias <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong>combustíveis preparam a mistura <strong>de</strong>ssas duas correntes. Esse último agente econômico, asdistribuidoras, está encarregado <strong>de</strong> avaliar o produto que recebe (gasolina e bioetanol) e tambémrespon<strong>de</strong> pela qualida<strong>de</strong> do produto que entrega. Outros mo<strong>de</strong>los operacionais po<strong>de</strong>mser estabelecidos, mas é fundamental que a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s sobre a qualida<strong>de</strong> docombustível esteja bem <strong>de</strong>finida e seja monitorada a<strong>de</strong>quadamente pelo governo [ANP (2008)].Em termos práticos, a preparação da mescla <strong>de</strong> gasolina e bioetanol nas bases <strong>de</strong> distribuiçãoefetua-se em tanques <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> – alimentando-se continuamente com gasolinae bioetanol, sob estrito controle <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> mistura e qualida<strong>de</strong> – ou no própriocaminhão-tanque, cujos movimentos durante o transporte garantem a necessária homogeneida<strong>de</strong>do combustível após alguns minutos <strong>de</strong> trânsito normal. Essa última maneira <strong>de</strong>preparar a mistura gasolina/etanol é conhecida em inglês como splash blending e po<strong>de</strong> seradotada a custos baixos. Cabe observar que a medição do teor <strong>de</strong> etanol na mistura é efetuadacom rapi<strong>de</strong>z e suficiente exatidão por um método bastante simples e direto (absorção doetanol presente na gasolina mediante sua mistura com água salgada e medição <strong>de</strong> volumescorrespon<strong>de</strong>ntes em bureta). Esse procedimento expedito, utilizado também em postos <strong>de</strong>gasolina, é padronizado pela norma brasileira ABNT NBR 13.992: Gasolina Automotiva – <strong>de</strong>terminaçãodo teor <strong>de</strong> álcool etílico anidro combustível, revisada em 1997.Para a adaptação completa (tanques, sistemas <strong>de</strong> mistura e controle) <strong>de</strong> quatro bases <strong>de</strong> distribuiçãopara introduzir 7% <strong>de</strong> bioetanol na gasolina consumida na Costa Rica, implicando60 milhões <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> bioetanol por ano, foi estimado um custo total <strong>de</strong> US$ 5 milhões, querepresentam 3% dos gastos realizados por esse país em 2006 para a importação <strong>de</strong> combustíveis[Ulate (2006)].Quando se trata <strong>de</strong> movimentar volumes expressivos, o uso <strong>de</strong> dutos para o transporte dobioetanol e da gasolina com bioetanol po<strong>de</strong> ser o mais recomendável, embora alguns operadoresafirmem ser ina<strong>de</strong>quado seu uso com etanol. Com efeito, por ser potencialmente maiscorrosivo e atuar como solvente seletivo, além <strong>de</strong> absorver mais água que os <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> pe-63<strong>Bioetanol</strong>-02.indd 63 11/11/2008 15:22:22

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