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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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Zoneamento agroecológicoVisando or<strong>de</strong>nar a expansão da agroindústria da <strong>cana</strong> no Brasil, foi <strong>de</strong>senvolvido em 2008,sob a coor<strong>de</strong>nação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o ZoneamentoAgroecológico da Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (ZAE-Cana), cujos primeiros resultados <strong>de</strong>verãoestar disponíveis ainda neste ano. Trata-se <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> envergadura, li<strong>de</strong>rado pela EmbrapaSolos, envolvendo <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> instituições e pesquisadores, com o propósito <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir,indicativamente, as áreas aptas e as regiões para as quais não se recomenda essa cultura emgran<strong>de</strong> escala. O zoneamento <strong>de</strong>ve ser utilizado como instrumento norteador <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong>financiamento, investimentos em infra-estrutura e aperfeiçoamento do marco tributário, bemcomo po<strong>de</strong> servir para eventuais certificações socioambientais que venham a ser estabelecidasno futuro [Strapasson (2008)].Com foco nas áreas agrícolas e <strong>de</strong> pecuária nas quais a <strong>cana</strong> ainda não é cultivada, mas apresentaaparente potencial, o zoneamento agroecológico cruza informações <strong>de</strong> mapas <strong>de</strong> solo,<strong>de</strong> clima, <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> reserva ambiental, geomorfológicos e topográficos, i<strong>de</strong>ntifica o uso daterra atual, examina a legislação ambiental fe<strong>de</strong>ral e estadual e dados agronômicos da <strong>cana</strong><strong>de</strong>-açúcar,como temperaturas i<strong>de</strong>ais para seu crescimento, tipos <strong>de</strong> solo em que ela melhorse adapta, necessida<strong>de</strong>s hídricas etc. Dessa forma, <strong>de</strong>finem-se e classificam-se as áreas <strong>de</strong>maior potencial, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve plantar <strong>cana</strong>, e as áreas on<strong>de</strong> não se po<strong>de</strong> ou não se recomendaesse cultivo. Como condicionante nesse trabalho, estabeleceu-se um patamar mínimo <strong>de</strong>produtivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>terminado pela média nacional <strong>de</strong> 70 toneladas por hectare <strong>de</strong> <strong>cana</strong>.Potencial <strong>de</strong> expansão da cultura <strong>de</strong> <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar no BrasilMenos <strong>de</strong>talhado que o zoneamento agroecológico em <strong>de</strong>senvolvimento pelo Mapa, mascom objetivo similar <strong>de</strong> examinar as possibilida<strong>de</strong>s e impactos da produção <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> bioetanol, visando à substituição parcial <strong>de</strong> gasolina em escala global, o estudo<strong>de</strong>senvolvido pelo Centro <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Estudos Estratégicos (<strong>CGEE</strong>) com o Núcleo Interdisciplinar<strong>de</strong> Planejamento Energético (Nipe) da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, efetuouum levantamento das áreas com potencial para produção <strong>de</strong> <strong>cana</strong>, com auxílio <strong>de</strong> mapas<strong>de</strong> solos e mapas climáticos, consi<strong>de</strong>rando as disponibilida<strong>de</strong>s hídricas e as <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s dosterrenos (menos do que 12º, para facilitar a colheita mecanizada), as áreas protegidas ou <strong>de</strong>preservação, como o Pantanal e a Floresta Amazônica, e as áreas <strong>de</strong> reservas florestais e indígenas[<strong>CGEE</strong> (2005)]. Os resultados <strong>de</strong>sse estudo são mostrados nas Figuras 27 e 28, com asáreas classificadas <strong>de</strong> acordo com sua aptidão para a cultura da <strong>cana</strong>, respectivamente semirrigação e consi<strong>de</strong>rando a irrigação <strong>de</strong> salvação, assim <strong>de</strong>nominada por ser utilizada apenasnos <strong>cana</strong>viais em formação, contexto em que o incremento <strong>de</strong> produção é um objetivosecundário, sendo aplicadas lâminas <strong>de</strong> água inferiores a 200 mm, nos períodos <strong>de</strong> déficithídrico mais crítico (equivalente a um aporte <strong>de</strong> água <strong>de</strong> menos <strong>de</strong> 2.000 m³/ha.ano).199<strong>Bioetanol</strong>-07.indd 199 11/11/2008 15:26:36

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