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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a gasolina com etanol apresentar uma solubilida<strong>de</strong> razoável para a águae o fato <strong>de</strong> termos temperaturas amenas no país explicam como funcionam sem problemasos veículos flexíveis no Brasil, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser abastecidos com qualquer mistura <strong>de</strong> gasolina(com 20% a 25% <strong>de</strong> etanol) e etanol hidratado, cuja água não se separa, exatamente, graçasao álcool previamente contido na gasolina. Caso a gasolina brasileira não contivesse um teorelevado <strong>de</strong> etanol anidro, sua mistura com etanol hidratado provavelmente levaria a umaseparação <strong>de</strong> fases, especialmente em condições com temperaturas inferiores a 18° C. Portanto,não faz sentido imaginar que a adição <strong>de</strong> etanol anidro à gasolina cause problemas <strong>de</strong>separação <strong>de</strong> fases – na verda<strong>de</strong>, ela reduz tais problemas.Compatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiaisAlguns materiais plásticos mais antigos, utilizados em vedações, mangueiras e filtros, como aborracha natural e a borracha sintética butílica, ten<strong>de</strong>m a se <strong>de</strong>gradar mais rapidamente napresença <strong>de</strong> etanol. Entretanto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980, esses materiais têm sido substituídos por elastômerosfluorados, o que resolveu esse problema. A Tabela 5 apresenta os resultados <strong>de</strong> testes<strong>de</strong> durabilida<strong>de</strong> conduzidos pelo exército britânico [Orbital (2002)], confirmando a a<strong>de</strong>quaçãoao etanol da maioria dos plásticos usados atualmente. Ainda nesse sentido, uma empresa<strong>de</strong> petróleo apresenta os seguintes comentários aos seus consumidores:De acordo com a nossa experiência não há um problema significativo <strong>de</strong> compatibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> gasolinas com oxigenados e elastômeros em carros mais antigos. Nãohouve um aumento nos problemas quando gasolina com etanol ou MTBE foramintroduzidos em áreas metropolitanas em 1992, inclusive nas regiões com maioresproporções <strong>de</strong> carros antigos na frota [Chevron (2006)].Com relação aos metais, em condições normais <strong>de</strong> uso, esses materiais estão sempre sujeitosà corrosão, sendo necessário sua a<strong>de</strong>quada seleção e, eventualmente, o emprego <strong>de</strong> revestimentosprotetores. Os metais consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> baixa resistência ao etanol e suas misturas sãoas ligas para fundição por pressão (tipo Zamac) e algumas ligas <strong>de</strong> alumínio [Owen e Coley(1995)]. A agressivida<strong>de</strong> do etanol <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do teor alcoólico na gasolina e está associada,particularmente, à presença <strong>de</strong> água, ácidos orgânicos e contaminantes. Para misturas <strong>de</strong>gasolina com 10% <strong>de</strong> etanol, o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> componentes metálicos foi bastante estudado eé consi<strong>de</strong>rado irrelevante, comparado à gasolina normal. Em teores mais elevados, há umefetivo receio <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> compatibilida<strong>de</strong> e corrosão. Isso explica por que, durante osanos 1970, quando a gasolina brasileira passou a incorporar etanol em níveis mais elevados,introduziram-se, paulatinamente, diversas modificações nos sistemas <strong>de</strong> combustível dos veículos.Processos <strong>de</strong> recobrimento metálico e <strong>de</strong> proteção como niquelagem e cromação sãocomuns nos tanques <strong>de</strong> combustível dos automóveis brasileiros, sendo também crescente ouso <strong>de</strong> materiais plásticos para esses componentes.48<strong>Bioetanol</strong>-02.indd 48 11/11/2008 15:22:19

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