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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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turfosas e outros <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> carbono, seus componentes <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>, com perdados serviços essenciais dos ecossistemas e aumentos nas emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeitoestufa <strong>de</strong>vido a essas mudanças; a concorrência pela terra com plantações alternativas,incluindo a terra administrada por comunida<strong>de</strong>s indígenas e pequenos agricultores, ea concorrência com a produção <strong>de</strong> alimentos, que po<strong>de</strong> levar à insegurança alimentar,aumento no consumo <strong>de</strong> água, maior aplicação <strong>de</strong> fertilizantes e pesticidas, aumento dapoluição <strong>de</strong> água e eutrofização, <strong>de</strong>gradação e erosão do solo; o cultivo não-controlado,a introdução e a propagação <strong>de</strong> organismos geneticamente modificados; a introdução<strong>de</strong>scontrolada e a disseminação <strong>de</strong> espécies estranhas; e as emissões da queima <strong>de</strong> biomassa,com possíveis efeitos adversos para a saú<strong>de</strong> humana.Dessa forma, as recomendações da CBD/SBSTA convergem para muitos temas relativosà sustentabilida<strong>de</strong> da produção <strong>de</strong> bioetanol <strong>de</strong> <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar discutidos em capítulosprece<strong>de</strong>ntes, como os relativos aos balanços <strong>de</strong> energia e emissões (locais e globais), impactossobre os recursos naturais, diversida<strong>de</strong> biológica, produção agrícola, uso da terrae critérios sociais.No contexto dos fóruns da Convenção-Quadro das Nações Unidas para a Mudança do Clima,os biocombustíveis têm sido discutidos por suas importantes relações com a mudançaclimática e as emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa, <strong>de</strong>correntes do uso <strong>de</strong> combustível e dasativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reflorestamento/<strong>de</strong>smatamento, mudança no uso da terra e outras adaptaçõese reduções nas alterações do clima [UNFCCC (2008)]. O Protocolo <strong>de</strong> Quioto, <strong>de</strong>corrente<strong>de</strong>ssa convenção, estabelece metas e compromissos para os países industrializados na reduçãodas emissões, i<strong>de</strong>ntificando mecanismos que permitem que esses países adquiram ecomercializem créditos em emissões por meio <strong>de</strong> projetos implantados em países em <strong>de</strong>senvolvimento,os quais po<strong>de</strong>m usar para cumprir seus compromissos. Entre eles, <strong>de</strong>staca-se oMecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo (MDL), cujos projetos <strong>de</strong>vem ser associados a objetivos<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, envolvendo ativida<strong>de</strong>s que não teriam ocorrido <strong>de</strong> outraforma e resultem em reduções reais e mensuráveis <strong>de</strong> emissões.Os dois tipos mais comuns <strong>de</strong> projetos apresentados estão relacionados ao uso da terra eà produção <strong>de</strong> energia, confirmando o potencial para projetos voltados para a produção eo uso <strong>de</strong> bioetanol, ainda pouco explorado. Não obstante, existem exemplos <strong>de</strong> diversosprojetos MDL em andamento ou planejados relacionados à bioenergia, com informaçõesdisponíveis sobre as metodologias a serem utilizadas para o cálculo da redução das emissões[CDM (2008)], como já comentado anteriormente neste livro para a co-geração com bagaço<strong>de</strong> <strong>cana</strong>.Certamente, um mercado <strong>de</strong> bioetanol expandido, se promovido com critérios <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>,<strong>de</strong>ve contribuir para que os países produtores e consumidores <strong>de</strong>sse biocombustívelpossam cumprir os objetivos dos acordos ambientais internacionais.265<strong>Bioetanol</strong>-08.indd 265 11/11/2008 15:27:41

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