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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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evolução verificada nas últimas safras, e o número <strong>de</strong> projetos atualmente em implantação,com 35 novas usinas entrando em operação na safra 2008/2009 e outras 43 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vendopartir na safra seguinte [Nastari (2008)], significando uma produção <strong>de</strong> bioetanol <strong>de</strong> 30,5bilhões <strong>de</strong> litros em 2010, principalmente voltada para o mercado doméstico. No períodoseguinte, o mercado externo <strong>de</strong>verá apresentar maior importância e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<strong>de</strong> bioetanol <strong>de</strong>verá alcançar, em 2015, cerca <strong>de</strong> 47 bilhões <strong>de</strong> litros, equivalente a umataxa <strong>de</strong> crescimento anual <strong>de</strong> 9% [Milanez et al. (2008)].Com relação à <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> bioetanol no mercado brasileiro, estimativas apresentadas hápoucos anos se mostraram tímidas e foram largamente superadas pela realida<strong>de</strong>, principalmentepor causa da expansão do mercado <strong>de</strong> veículos flexíveis. Contudo, essa tecnologiaveicular introduz mais incertezas nas projeções <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda, dada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> osusuários escolherem utilizar bioetanol puro ou gasolina (com bioetanol). Por outro lado, ogoverno po<strong>de</strong> alterar o teor <strong>de</strong> mistura <strong>de</strong> etanol entre 20% e 25%, afetando diretamente a<strong>de</strong>manda efetiva <strong>de</strong> bioetanol anidro. Esses fatores, conjugados ao quadro incerto dos preços,ampliam a margem <strong>de</strong> erro da projeção <strong>de</strong> consumo. Uma avaliação da evolução dafrota <strong>de</strong> veículos leves no Brasil e dos históricos <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> combustíveis indica que, para2015, a <strong>de</strong>manda interna <strong>de</strong> bioetanol po<strong>de</strong>rá estar entre 28 bilhões <strong>de</strong> litros e 34,3 bilhões<strong>de</strong> litros, assumindo que 50% e 75% do consumo dos veículos flexíveis, respectivamente,serão atendidos pelo bioetanol hidratado [Milanez et al. (2008)]. Nesse mesmo estudo, sãoapresentadas diversas projeções do mercado brasileiro <strong>de</strong> bioetanol, com razoável dispersãoentre as estimativas. De modo conservador, analogamente à projeção da oferta, assumiu-seque a maior parte da produção <strong>de</strong> bioetanol <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r o mercado nacional, com umaexportação <strong>de</strong> 5 bilhões <strong>de</strong> litros em 2010, valor aproximado das exportações observadas em2008, e 10 bilhões <strong>de</strong> litros em 2015, quando o mercado internacional <strong>de</strong> bioetanol já <strong>de</strong>veráestar mais bem estruturado. Observe-se que a <strong>de</strong>manda doméstica <strong>de</strong> bioetanol correspon<strong>de</strong>aos usos veiculares e às aplicações industriais, segmento que vem crescendo <strong>de</strong> modo importanteno Brasil.ÁfricaA menor dimensão relativa do mercado africano <strong>de</strong> combustíveis e a limitada base <strong>de</strong> informaçõessobre projetos <strong>de</strong> biocombustíveis nos diversos países não significam que essa região seja<strong>de</strong> menor interesse nas avaliações prospectivas para o bioetanol. Na verda<strong>de</strong>, esse continenteapresenta, particularmente em sua porção sul, regiões com evi<strong>de</strong>nte e relevante potencialbioenergético, cuja utilização po<strong>de</strong>rá articular-se com outros propósitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosocial e econômico e vem sendo buscada em diversos países.Des<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1980, existe a disposição <strong>de</strong> promover o uso <strong>de</strong> bioetanol na África.Duas iniciativas pioneiras po<strong>de</strong>m ser mencionadas: no Malaui, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1982 vem operandoa Ethanol Company of Malawi (ETHCO), que fabrica etanol com base no melaço <strong>de</strong> <strong>cana</strong><strong>de</strong>-açúcarpara fins combustíveis; e no Zimbábue, o programa <strong>de</strong> bioetanol combustível,lançado em 1980 e <strong>de</strong>scontinuado <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma grave seca no começo da década passada,244<strong>Bioetanol</strong>-08.indd 244 11/11/2008 15:27:35

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