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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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Primeiros passos da etanolquímica no BrasilDurante a década <strong>de</strong> 1980, projetos que implementavam o uso <strong>de</strong> etanol em substituiçãoa matérias-primas fósseis na indústria petroquímica brasileira foram conduzidos comsucesso na Oxiteno e na Companhia Pernambu<strong>cana</strong> <strong>de</strong> Borrachas (Coperbo). Estima-seque, nesse período, o consumo <strong>de</strong> bioetanol como matéria-prima foi <strong>de</strong> 500 milhões<strong>de</strong> litros anuais [Pádua Rodrigues (2005)]. Essas rotas produtivas foram <strong>de</strong>scontinuadas apartir <strong>de</strong> 1985 por causa da configuração <strong>de</strong>sfavorável <strong>de</strong> preços, mas, atualmente, consi<strong>de</strong>randoo elevado custo dos insumos fósseis, voltam a apresentar interesse. No caso daOxiteno, braço petroquímico do Grupo Ultrapar, o bioetanol <strong>de</strong> <strong>cana</strong> foi utilizado comomatéria-prima em sua unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Camaçari, na Bahia, na primeira meta<strong>de</strong> dos anos1980, para uma produção anual <strong>de</strong> etileno estimada em 230 mil toneladas. Na atualida<strong>de</strong>,essa empresa aplica recursos próprios expressivos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologia<strong>de</strong> processos petroquímicos e alcoolquímicos, com diversas patentes internacionais registradas,particularmente na produção <strong>de</strong> catalisadores, componentes essenciais para aconversão do etanol em etileno e outros precursores. Além disso, tem se mobilizado para<strong>de</strong>senvolver a produção <strong>de</strong> etanol por hidrólise da celulose e implementar biorrefinarias,reconhecendo seu interesse no suprimento <strong>de</strong> matéria-prima para suas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção<strong>de</strong> etileno e etilenoglicol [Inovação Unicamp (2006) e BNDES (2007)].A Coperbo tem uma história mais longa entre o bioetanol e a produção <strong>de</strong> insumosquímicos. Em setembro <strong>de</strong> 1965, essa empresa pôs em produção uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> butadienoem Cabo (PE), para fabricar 27,5 mil toneladas anuais <strong>de</strong> borrachas sintéticascom base no etanol, para aten<strong>de</strong>r à crescente <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>sse elastômero, apenasparcialmente suprida pela produção nacional <strong>de</strong> borracha natural. Entretanto, coma liberação da exportação <strong>de</strong> mela ços e da importação <strong>de</strong> borracha natural pelogoverno da época, faltou etanol para a produção <strong>de</strong> borracha, trazendo dificulda<strong>de</strong>spara a operação da empresa. Em 1971, o controle acionário da Coperbo foi transferidoà Petroquisa, o que melhorou sua condição financeira e lhe <strong>de</strong>u novo impulso com oincremento da produção <strong>de</strong> etanol a partir <strong>de</strong> 1975. Incluíam-se na linha <strong>de</strong> produtos oácido acético e o acetato <strong>de</strong> vinila, componentes que terminaram justificando a criaçãoda Companhia Alcooquímica Nacional, posteriormente controlada pela Union Carbi<strong>de</strong>,empresa atualmente sob comando da Dow Chemical [Jornal do Commercio (1999)].Não foram obtidos mais <strong>de</strong>talhes sobre seu atual processo industrial, mas é fato que essaempresa, durante alguns anos, produziu butadieno, usado principalmente na fabricação<strong>de</strong> pneus, em escala comercial, com base no etanol.142<strong>Bioetanol</strong>-05.indd 142 11/11/2008 15:25:10

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