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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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gases <strong>de</strong> chaminé atingiram níveis similares aos observados em outros sistemas térmicos <strong>de</strong>potência e passaram a ser controladas pelos órgãos ambientais, <strong>de</strong> acordo com a legislaçãoprópria, que estabelece limites e penalida<strong>de</strong>s para tais emissões (Resolução Conama 382, <strong>de</strong>2006). Nesse contexto, as emissões das cal<strong>de</strong>iras po<strong>de</strong>m e, efetivamente, têm sido abatidas mediantesistemas convencionais <strong>de</strong> limpeza dos gases <strong>de</strong> chaminé, com resultados positivos, porisso não parecem ser, para o caso da agroindústria do bioetanol, um problema relevante.Uso <strong>de</strong> recursos hídricos e disposição <strong>de</strong> efluentesDo ponto <strong>de</strong> vista dos recursos hídricos, as condições particularmente favoráveis nos paísesdas regiões tropicais úmidas, como é o caso do Brasil, com regime pluvial farto e bem distribuído,permitem que a maioria das culturas se <strong>de</strong>senvolva sem irrigação. No caso brasileiro,estima-se que as áreas agrícolas irrigadas sejam <strong>de</strong> 3,3 milhões <strong>de</strong> hectares, cerca <strong>de</strong> 4% dasuperfície cultivada. O <strong>de</strong>flúvio médio anual no território brasileiro é <strong>de</strong> 5,74 mil km 3 , frentea um consumo estimado <strong>de</strong> 55 km 3 , ou seja, inferior a 1% da oferta e permitindo uma disponibilida<strong>de</strong>anual <strong>de</strong> 34 mil m 3 <strong>de</strong> água por habitante [Souza (2005a)]. Não obstante, existemregiões brasileiras em que as disponibilida<strong>de</strong>s anuais são inferiores a 1,5 mil m 3 <strong>de</strong> água porhabitante, caracterizando uma situação crítica <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água. Está em curso aimplementação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> outorga e cobrança pelo uso d´água pelos Comitês <strong>de</strong> Bacia,nos termos da Lei 9.433/1997, a Lei das Águas, que <strong>de</strong>verá estimular o seu uso mais responsávele a redução dos lançamentos dos poluentes nos corpos hídricos, por conta da aplicaçãodo princípio “poluidor/pagador”.Depen<strong>de</strong>ndo do clima, a cultura da <strong>cana</strong> requer <strong>de</strong> 1.500 mm a 2.500 mm <strong>de</strong> lâmina d´águaa<strong>de</strong>quadamente distribuídos (um período úmido e quente para crescimento e um períodoseco para maturação e acúmulo <strong>de</strong> açúcar) durante o ciclo vegetativo. No Brasil, a irrigação,na cultura da <strong>cana</strong>, praticamente não é utilizada na Região Centro-Sul, sendo adotada apenasnos períodos mais críticos na região Centro-Oeste e, <strong>de</strong> modo um pouco mais freqüente,na região Nor<strong>de</strong>ste, sob o conceito <strong>de</strong> “irrigação <strong>de</strong> salvação”, após o plantio da <strong>cana</strong>, paragarantir a brotação em condições <strong>de</strong> déficit hídrico e como “irrigação suplementar”, feitacom diferentes lâminas <strong>de</strong> água nas épocas mais críticas do <strong>de</strong>senvolvimento do vegetal [Souza(2005a)]. Acredita-se que, à medida que áreas com menor disponibilida<strong>de</strong> hídrica passema ser ocupadas com <strong>cana</strong>viais, a irrigação po<strong>de</strong>rá se mostrar interessante para manter a produtivida<strong>de</strong>agrícola, <strong>de</strong>vendo, nesse caso, ser efetuada no âmbito da legislação vigente. Atualmente,segundo os critérios da Embrapa, as lavouras <strong>de</strong> <strong>cana</strong> não apresentam impactos naqualida<strong>de</strong> da água [Rosseto (2004)].No âmbito do processo industrial, além do volume captado para o processamento da <strong>cana</strong>,um volume importante <strong>de</strong> água entra na usina com a própria <strong>cana</strong>, já que 70% do peso doscolmos é constituído <strong>de</strong> água. Assim, embora seja estimado um consumo <strong>de</strong> processo da or<strong>de</strong>m<strong>de</strong> 21 m 3 por tonelada <strong>de</strong> <strong>cana</strong> processada, a captação e o lançamento <strong>de</strong> água são beminferiores. Com relação aos usos, 87% do consumo da água ocorrem em quatro processos:lavagem <strong>de</strong> <strong>cana</strong>, con<strong>de</strong>nsadores/multijatos na evaporação e vácuos, resfriamento <strong>de</strong> dornas184<strong>Bioetanol</strong>-07.indd 184 11/11/2008 15:26:30

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