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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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e con<strong>de</strong>nsadores <strong>de</strong> álcool. Com a racionalização do consumo da água (reutilizações e fechamentos<strong>de</strong> circuitos e algumas mudanças <strong>de</strong> processo, como a limpeza a seco e a redução dalavagem da <strong>cana</strong>, por conta do corte mecanizado), a captação tem sido reduzida <strong>de</strong> modosignificativo. Levantamentos realizados em 1997 e 2005 apontavam uma redução da captaçãomédia <strong>de</strong> 5 m 3 para 1,83 m 3 por tonelada <strong>de</strong> <strong>cana</strong> processada, com expectativas <strong>de</strong> atingir,em médio prazo, 1 m 3 por tonelada <strong>de</strong> <strong>cana</strong> processada [Elia Neto (2005)].Os principais efluentes líquidos observados na produção <strong>de</strong> bioetanol e seus sistemas <strong>de</strong> tratamentosão apresentados na Tabela 29. Um levantamento feito em 34 usinas indicou que otratamento utilizado reduz a carga orgânica em 98,40%, com um remanescente <strong>de</strong> 0,199 kgDBO/t <strong>cana</strong> [Elia Neto (2005)]. A fertirrigação, mediante a qual se aplica a vinhaça nos <strong>cana</strong>viais,é a principal forma <strong>de</strong> disposição final da carga orgânica, com vantagens ambientais eeconômicas. Por sua importância, cabe analisar um pouco mais a questão da vinhaça.Tabela 29 – Efluentes líquidos da agroindústria do bioetanolEfluente Características TratamentoÁgua <strong>de</strong> lavagem <strong>de</strong> <strong>cana</strong> Médio potencial poluidor ealta concentração <strong>de</strong> sólidosDecantação e lagoas <strong>de</strong> estabilizaçãopara o caso <strong>de</strong> lançamento em corposd’água. Na reutilização, o tratamentoconsiste em <strong>de</strong>cantação e correção do pHÁguas dos multijatose con<strong>de</strong>nsadoresbarométricosÁguas <strong>de</strong> resfriamento <strong>de</strong>dornas e <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsadores<strong>de</strong> álcoolVinhaça e águas residuáriasFonte: Elia Neto (2005).Baixo potencial poluidor ealta temperatura (~ 50° C).Alta temperatura (~ 50° C)Gran<strong>de</strong> volume e cargaorgânica elevadaTanques aspersores ou torres <strong>de</strong>resfriamento, com recirculação oulançamentoTorres <strong>de</strong> resfriamento ou tanquesaspersores para retorno ou lançamentoAplicação na lavoura <strong>de</strong> <strong>cana</strong>conjuntamente com as águasresiduáriasA vinhaça, produzida à razão <strong>de</strong> 10,85 litros por litro <strong>de</strong> bioetanol, constitui o mais importanteefluente líquido da agroindústria da <strong>cana</strong>. Em sua composição, apresenta teores elevados<strong>de</strong> potássio (cerca <strong>de</strong> 2 kg por m 3 ) e <strong>de</strong> matéria orgânica, mas é relativamente pobre nos<strong>de</strong>mais nutrientes. No início do Proálcool, a vinhaça era lançada diretamente nos rios, comgraves problemas ambientais, atenuados com o uso das bacias <strong>de</strong> infiltração e resolvidos apartir <strong>de</strong> 1978 com os sistemas <strong>de</strong> fertirrigação.A área dos <strong>cana</strong>viais atingida pela fertirrigação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da topografia e da distribuição <strong>de</strong>terras da usina – há usinas que aplicam vinhaça em 70% da sua área <strong>de</strong> cultivo e outras têmvalores bem menores. Atualmente, procura-se esten<strong>de</strong>r essa área coberta pela vinhaça para185<strong>Bioetanol</strong>-07.indd 185 11/11/2008 15:26:30

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