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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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mão-<strong>de</strong>-obra), as áreas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>vem estar subdivididas em talhões em diferentes etapasdo ciclo, correspon<strong>de</strong>ndo, para um ciclo <strong>de</strong> seis anos, a cerca <strong>de</strong> um sexto da área totalpara cada etapa. Outra conseqüência importante <strong>de</strong>sse ciclo produtivo é que, na implantação<strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> bioetanol <strong>de</strong> <strong>cana</strong>, as ativida<strong>de</strong>s agrícolas <strong>de</strong>vem seriniciadas dois a três anos antes da efetiva produção industrial, inicialmente para multiplicaras mudas e alcançar, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> iniciada a moagem, uma produção mais ou menos estável <strong>de</strong>matéria-prima <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> três a quatro anos. Visando reduzir custos e preservar a fertilida<strong>de</strong>do solo, vêm sendo <strong>de</strong>senvolvidas técnicas como o cultivo direto e o emprego <strong>de</strong> Estruturas <strong>de</strong>Tráfego Controlado (ETCs) para as operações agrícolas, o que permite ampliar o número <strong>de</strong> cortesao manter a produtivida<strong>de</strong> em níveis elevados [<strong>CGEE</strong> (2007b)].É interessante observar que, como o ciclo produtivo típico da <strong>cana</strong> apresenta cinco cortesao longo <strong>de</strong> seis anos, a produtivida<strong>de</strong> média em base anual <strong>de</strong>ve levar em conta também operíodo <strong>de</strong> reforma do <strong>cana</strong>vial. Além disso, como uma parte da <strong>cana</strong> produzida (cerca <strong>de</strong>8%) é <strong>de</strong>stinada à reforma (replantio) dos <strong>cana</strong>viais, a produtivida<strong>de</strong> anual medida em toneladas<strong>de</strong> <strong>cana</strong> efetivamente processadas por hectare plantado é inferior à produtivida<strong>de</strong> totalavaliada em termos <strong>de</strong> <strong>cana</strong> colhida.Em média, a produtivida<strong>de</strong> anual, bastante influenciada pela variabilida<strong>de</strong> climática e pelaregião produtora, está entre 50 t/ha e 100 t/ha (peso do colmo úmido), ficando a média brasileiraem torno <strong>de</strong> 70 t/ha plantado, um valor comparável às melhores regiões produtoras emoutros países. Embora existam registros <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>cana</strong> alcançando até 200 t/ha [Janick(2007)], na Região Centro-Sul do Brasil, on<strong>de</strong> se localiza a maior parte das usinas brasileiras,esses índices estão entre 78 t/ha e 80 t/ha, enquanto no Estado <strong>de</strong> São Paulo, principal produtor,situam-se na faixa <strong>de</strong> 80 t/ha a 85 t/ha, ambos os casos consi<strong>de</strong>rando ciclo <strong>de</strong> cincocortes [Unica (2008)]. No Anexo 2, apresentam-se valores da produtivida<strong>de</strong> média da <strong>cana</strong>no Brasil, em toneladas por hectare colhido.Uma visão dos principais parâmetros da cultura da <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar nas condições praticadasno Centro-Sul brasileiro é apresentada na Tabela 7. Nessa tabela, os valores <strong>de</strong> pol e fibra,dados como percentagem em massa da <strong>cana</strong>, correspon<strong>de</strong>m, respectivamente, ao teor <strong>de</strong>sacarose aparente e <strong>de</strong> bagaço disponíveis na <strong>cana</strong>. Além da sacarose, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> suamaturação, a <strong>cana</strong> contém cerca <strong>de</strong> 0,5% <strong>de</strong> outros açúcares (como glucose e frutose), seminteresse para produção <strong>de</strong> açúcar sólido, mas passíveis <strong>de</strong> uso para fabricação <strong>de</strong> bioetanol[Fernan<strong>de</strong>s (2003)].Como se po<strong>de</strong> observar na Tabela 7, a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> fertilizantes para o cultivo da <strong>cana</strong> é reduzidaquando comparada ao uso em outras culturas, em gran<strong>de</strong> parte por conta dos resíduosindustriais que são retornados para o campo. O uso <strong>de</strong> nitrogênio sintético é baixo, e nasáreas on<strong>de</strong> a vinhaça é aplicada, todo o potássio é provido pela fertirrigação. Apesar <strong>de</strong> seruma cultura com alta <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> água, índices pluviométricos superiores a 800 mm (i<strong>de</strong>al,entre 1.200 mm e 1.500 mm) e a<strong>de</strong>quadamente distribuídos (períodos chuvoso e seco bem<strong>de</strong>finidos) são suficientes para alcançar uma boa produtivida<strong>de</strong>. Em unida<strong>de</strong>s produtoras74<strong>Bioetanol</strong>-03.indd 74 11/11/2008 15:23:33

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