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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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ebulição inferior ao do bioetanol anidro. Na coluna <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação, o cicloexano é adicionadono topo, e o bioetanol anidro é retirado no fundo, com aproximadamente 99,7° GLou 0,4% <strong>de</strong> água em peso. A mistura ternária retirada do topo é con<strong>de</strong>nsada e <strong>de</strong>cantada,enquanto a parte rica em água é enviada à coluna <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> cicloexano.A <strong>de</strong>sidratação do bioetanol ainda po<strong>de</strong> ser feita por adsorção com peneiras moleculares oupela <strong>de</strong>stilação extrativa com monoetilenoglicol (MEG), que se <strong>de</strong>stacam pelo menor consumo<strong>de</strong> energia e também pelos custos mais elevados. Por conta das crescentes exigênciasdo mercado externo, diversos produtores <strong>de</strong> bioetanol no Brasil e em outros países estãooptando pelas peneiras moleculares, já que são capazes <strong>de</strong> produzir um bioetanol anidrolivre <strong>de</strong> contaminantes.A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar os açúcares da <strong>cana</strong> total ou parcialmente para produção <strong>de</strong> bioetanolse configura como uma importante flexibilida<strong>de</strong> para essa agroindústria, que, em funçãodas condições <strong>de</strong> preço, <strong>de</strong>manda existente e perspectivas <strong>de</strong> mercado, po<strong>de</strong> arbitrar, <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> limites, um programa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mínimo custo e máximo benefício econômico. Exatamentepara aproveitar essa vantagem, diversas usinas brasileiras têm linhas <strong>de</strong> fabricação<strong>de</strong> açúcar e bioetanol capazes, cada uma, <strong>de</strong> processar cerca <strong>de</strong> 75% do caldo produzido,permitindo uma margem <strong>de</strong> 50% <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> processo frente à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>extração das moendas.O uso <strong>de</strong> água no processo é relativamente alto. Atualmente, nas condições do Centro-Sulbrasileiro, a captação está em torno <strong>de</strong> 1,8 m 3 por tonelada <strong>de</strong> <strong>cana</strong> processada, mas vem sereduzindo <strong>de</strong> modo significativo como resultado da implantação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> reuso, quepermitem reduzir tanto o nível <strong>de</strong> captação quanto a disposição <strong>de</strong> água tratada. Esse aspectoserá mais bem analisado no Capítulo 6.Consi<strong>de</strong>rando todo o processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> bioetanol <strong>de</strong> <strong>cana</strong>, os resíduos consistem navinhaça (entre 800 a 1.000 litros por tonelada <strong>de</strong> <strong>cana</strong> processada para bioetanol), na torta<strong>de</strong> filtro (aproximadamente 40 kg úmidos por tonelada <strong>de</strong> <strong>cana</strong> processada) e nas cinzas dascal<strong>de</strong>iras [Elia Neto (2007)]. Como comentado, nas plantas brasileiras, tais resíduos são va lorizadose efetivamente constituem subprodutos, que são reciclados e utilizados como fer tilizantes, contribuindopara reduzir, <strong>de</strong> modo significativo, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incorporar fertilizantes minerais eevitar a <strong>de</strong>manda por irrigação nos <strong>cana</strong>viais.Como a produção do bioetanol envolve uma gran<strong>de</strong> eliminação <strong>de</strong> água, a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>energia é alta, especialmente com respeito à parcela <strong>de</strong> energia térmica, como mostrado naTabela 8, elaborada com base em Pizaia (1998). Nessa tabela, a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> vapor para obioetanol hidratado e anidro consi<strong>de</strong>rou, respectivamente, a tecnologia convencional comconsumo <strong>de</strong> 3,0 kg a 3,5 kg <strong>de</strong> vapor por litro <strong>de</strong> bioetanol hidratado e um processo <strong>de</strong><strong>de</strong>stilação azeotrópica com cicloexano, com consumo <strong>de</strong> 1,5 kg a 2,0 kg <strong>de</strong> vapor por litro<strong>de</strong> bioetanol anidro. Com relação à <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> energia elétrica, há uma pequena variação81<strong>Bioetanol</strong>-03.indd 81 11/11/2008 15:23:36

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