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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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1.1 Fundamentos da bioenergiaEm sua acepção mais rigorosa, energia é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover mudanças, que se apresentaem muitas formas, como a energia térmica, a energia elétrica e a energia química,sempre representando um potencial para causar transformações, sejam naturais ou <strong>de</strong>terminadaspelo homem. A energia química é a forma <strong>de</strong> energia fornecida mediante reações químicas,em que acontece uma mudança <strong>de</strong> composição, por meio da qual reagentes se convertem emprodutos, geralmente com liberação <strong>de</strong> calor. Por exemplo, a energia química se encontradisponível nos alimentos e nos combustíveis, sendo usada nos processos vitais dos animais edo homem e para mover veículos, entre outros fins.Um caso particular <strong>de</strong> energia química é a bioenergia, que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como toda equalquer forma <strong>de</strong> energia associada a formas <strong>de</strong> energia química acumulada mediante processosfotossintéticos recentes. Em geral, <strong>de</strong>nomina-se biomassa os recursos naturais que dispõem<strong>de</strong> bioenergia e que po<strong>de</strong>m ser processados para fornecer formas bioenergéticas maiselaboradas e a<strong>de</strong>quadas para o uso final. Portanto, seriam exemplos <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> bioenergiaa lenha e os resíduos <strong>de</strong> serrarias, o carvão vegetal, o biogás resultante da <strong>de</strong>composiçãoanaeróbia <strong>de</strong> lixo orgânico e outros resíduos agropecuários, bem como os biocombustíveislíquidos, como o bioetanol e o biodiesel, e a bioeletricida<strong>de</strong>, gerada pela queima <strong>de</strong> combustíveiscomo o bagaço e a lenha.No amplo contexto da bioenergia, a produção <strong>de</strong> biocombustíveis líquidos tem sido consi<strong>de</strong>radapara aten<strong>de</strong>r particularmente às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte veicular. Para esses fins,além dos biocombustíveis, ainda não existem, na atualida<strong>de</strong>, outras alternativas renováveiscom maturida<strong>de</strong> tecnológica e viabilida<strong>de</strong> econômica suficientes. Os biocombustíveis líquidospo<strong>de</strong>m ser utilizados <strong>de</strong> forma bastante eficiente em motores <strong>de</strong> combustão interna queequipam os mais diversos veículos automotores e que se classificam basicamente em doistipos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da maneira pela qual se inicia a combustão: motores do ciclo Otto, comignição por centelha, para os quais o biocombustível mais recomendado é o bioetanol; emotores do ciclo Diesel, no qual a ignição é conseguida por compressão e que po<strong>de</strong>m utilizarcom bom <strong>de</strong>sempenho o biodiesel. Em ambas as situações, os biocombustíveis po<strong>de</strong>mser usados puros ou misturados com combustíveis convencionais <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> petróleo. Éinteressante observar que, nos primeiros anos da indústria automobilística, durante a segundameta<strong>de</strong> do século XIX, os biocombustíveis representavam a fonte <strong>de</strong> energia preferencial paraos motores <strong>de</strong> combustão interna, com a adoção do bioetanol, por Henry Ford, e do óleo <strong>de</strong>amendoim, por Rudolf Diesel. Esses dois produtos foram substituídos, respectivamente, pelagasolina e pelo óleo diesel à medida que os combustíveis <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> petróleo passaram aser abundantes e baratos, a partir do início do século passado. Os aspectos técnicos associadosao uso <strong>de</strong> etanol em motores serão comentados no próximo capítulo.25<strong>Bioetanol</strong>-01.indd 25 11/11/2008 15:21:45

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