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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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para serem alcançados a médio prazo são da mesma or<strong>de</strong>m dos custos atualmente já praticadosna agroindústria <strong>cana</strong>vieira nos países tropicais [IEA (2005)]. É interessante <strong>de</strong>senvolvernovas tecnologias para o bioetanol, mas elas não são, em absoluto, imprescindíveis para quese promova <strong>de</strong>s<strong>de</strong> agora seu uso <strong>de</strong> forma mais intensa.Felizmente, a compreensão do alcance do bioetanol <strong>de</strong> <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar ten<strong>de</strong> a se ampliare, em alguns foros importantes, já se procura <strong>de</strong>stacar esse biocombustível dos <strong>de</strong>mais, indicandosua viabilida<strong>de</strong> e racionalida<strong>de</strong>. Em particular, documentos <strong>de</strong> agências internacionaissão cada vez mais claros ao reconhecer que o fomento à produção <strong>de</strong> bioetanol por rotasineficientes e a adoção <strong>de</strong> barreiras à importação do etanol <strong>de</strong> <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar pelos países<strong>de</strong>senvolvidos têm, na verda<strong>de</strong>, aumentado as distorções nos mercados energéticos e <strong>de</strong>bens agrícolas.Po<strong>de</strong>-se citar, entre outros, um estudo da Organização para a Cooperação e DesenvolvimentoEconômico (OCDE), sobre o impacto dos biocombustíveis nos mercados agrícolas, no qualse afirma que:reduzir tais barreiras (incluindo a criação <strong>de</strong> normas internacionais para os biocombustíveis)não só permitiria aos países em <strong>de</strong>senvolvimento ven<strong>de</strong>r melhorseus produtos, mas também ajudaria os países importadores a cumprir os objetivosambientais implícitos nas políticas nacionais <strong>de</strong> biocombustível, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> queos biocombustíveis sejam produzidos nos países exportadores <strong>de</strong> uma forma ambientalmenteracional [OCDE (2007a)].Também merecem ser mencionados o relatório anual do Fundo Monetário Internacional,no qual se procura mostrar como as barreiras interpostas à importação <strong>de</strong> biocombustíveiseficientes são nefastas para todos os países [IMF (2007)], e um informe do Programa ESMAP,do Banco Mundial, que recomenda a abertura do comércio internacional <strong>de</strong> biocombustíveiscomo forma <strong>de</strong> ampliar sua eficiência energética e ambiental [ESMAP (2007)].No mesmo diapasão e com crescente clareza, manifesta-se o Programa das Nações Unidaspara o Desenvolvimento (PNUD), em seu Relatório <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano2007/2008:O comércio internacional po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>sempenhar um papel muito maior na expansãodos mercados <strong>de</strong> combustíveis alternativos. O Brasil é mais eficiente doque a União Européia ou os Estados Unidos na produção <strong>de</strong> etanol. Além disso,o etanol <strong>de</strong> <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar é mais eficiente na redução das emissões <strong>de</strong> carbono.O problema é que as importações <strong>de</strong> etanol brasileiro são restringidas pelasele vadas tarifas <strong>de</strong> importação. Removendo essas tarifas, seriam gerados ganhosnão apenas para o Brasil, mas também para a mitigação das alterações climáticas[UNDP (2007)].O Banco Mundial, em um documento sobre as saídas para a crise na oferta <strong>de</strong> alimentos,firmado por seu presi<strong>de</strong>nte, emite opinião semelhante:277<strong>Bioetanol</strong>-09.indd 277 11/11/2008 15:28:14

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