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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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área <strong>de</strong> <strong>cana</strong> requerida, como percentagem da área agrícola total e da área cultivada com<strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar, informadas com base em Faostat (2008a). Os dados da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> gasolinae, portanto, a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> bioetanol referem-se a valores para 2004 [Ola<strong>de</strong> (2006)]. Osresultados constam dos Gráficos 38 e 39, nos quais foram incluídos apenas os países commais <strong>de</strong> mil hectares cultivados com <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar. Como o Brasil já tem um amplo programa<strong>de</strong> produção e uso do bioetanol, incluindo bioetanol puro, não faria sentido utilizar essesindicadores, por isso o país foi excluído <strong>de</strong>ssa análise. Adiante, são apresentadas as projeções<strong>de</strong> mercado e produção específicas para o contexto brasileiro.Como se observa nos Gráficos 38 e 39, o bioetanol <strong>de</strong> <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar po<strong>de</strong> ser produzidono âmbito das necessida<strong>de</strong>s nacionais, sem impactos significativos. Na média, para a regiãolatino-ameri<strong>cana</strong>, com a meta <strong>de</strong> uma mistura <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> bioetanol na gasolina, a exigência<strong>de</strong> biocombustível po<strong>de</strong>ria ser atendida em 35% por meio do uso dos melaços existentesou, alternativamente, aumentado em 22% a atual superfície cultivada <strong>de</strong> <strong>cana</strong>, que significacerca <strong>de</strong> 0,4% da superfície agrícola na produção, mas com marcante diversida<strong>de</strong> entre ospaíses. Assim, Cuba, Guatemala, Guiana e Nicarágua apresentam elevada disponibilida<strong>de</strong>potencial <strong>de</strong> produção do bioetanol, com base no melaço, superior à necessida<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>ntea uma mistura <strong>de</strong> 10% na gasolina. Em outro extremo, no Haiti, no Suriname, noUruguai e na Venezuela, a dimensão da agroindústria <strong>cana</strong>vieira não alcança nem 10% dasnecessida<strong>de</strong>s do etanol, pelo esquema consi<strong>de</strong>rado. Do ponto <strong>de</strong> vista das disponibilida<strong>de</strong>sda terra, a situação po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada quase sem restrições na região latino-ameri<strong>cana</strong>.Com exceção <strong>de</strong> Barbados, Jamaica, Trinidad e Tobago, Suriname e Venezuela, com menos<strong>de</strong> 1% da superfície agrícola dos países seria possível produzir o etanol suficiente para a misturacom 10%.Outro fator importante que tem estimulado a produção do bioetanol nos países da AméricaLatina e no Caribe é a reestruturação do regime açucareiro pela União Européia no âmbitoda Política Agrícola Comum, que reduzirá as garantias <strong>de</strong> preço para esses países em 36% emquatro anos. Em resposta, países como Barbados, Belize, Jamaica e Guiana estão consi<strong>de</strong>randodirecionar suas disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> açúcar para a produção <strong>de</strong> etanol. A esse respeito, aJamaica é o país mais adiantado, pois preten<strong>de</strong> implementar em 2008 a mistura mandatória<strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> bioetanol na gasolina.Além <strong>de</strong> suprir seus mercados internos, muitas vezes com dimensões limitadas, os paíseslatino-americanos têm avaliado a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exportar bioetanol, especialmente para osEstados Unidos. Alguns acordos dão um suporte favorecido a essas iniciativas, como o Acordo<strong>de</strong> Livre Comércio da América Central e República Domini<strong>cana</strong> (Dominican Republic –Central American Free Tra<strong>de</strong> Agreement, DR-Cafta), ratificado pelo Congresso americano em2005, e a Iniciativa da Bacia do Caribe (Caribbean Basin Initiative – CBI), estabelecida peloCongresso americano em 1983 e que isenta, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> condições <strong>de</strong>terminadas, os produtosimportados dos países beneficiários (Antígua e Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize,Ilhas Virgens Britânicas, Costa Rica, Dominica, República Domini<strong>cana</strong>, El Salvador, Granada,240<strong>Bioetanol</strong>-08.indd 240 11/11/2008 15:27:35

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