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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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totalmente o chumbo tetraetila e somente adotou o MTBE <strong>de</strong> modo episódico e localizado,durante os anos 1990. Esses aditivos anti<strong>de</strong>tonantes ainda são empregados em alguns países,mas acarretam problemas ambientais e estão em progressivo <strong>de</strong>suso. Como se po<strong>de</strong> observarpelos valores apresentados na Tabela 4, a adição <strong>de</strong> etanol afeta mais a octanagem RON doque a MON e constata-se, ainda, uma gran<strong>de</strong> influência da composição da gasolina-base e,portanto, <strong>de</strong> sua octanagem original sobre o incremento da octanagem, <strong>de</strong>vido ao etanol.Como regra geral e <strong>de</strong> clara importância, quanto mais baixa a octanagem da gasolina-base,mais significativo o ganho <strong>de</strong>vido ao etanol.Tabela 4 – Efeito do bioetanol na octanagem da gasolina-baseComposição da gasolina-base5% <strong>de</strong>bioetanolIncremento da octanagem com:10% <strong>de</strong>bioetanol15% <strong>de</strong>bioetanol20% <strong>de</strong>bioetanolAromáticos Olefínicos Saturados MON RON MON RON MON RON MON RON50 15 35 0,1 0,7 0,3 1,4 0,5 2,2 0,6 2,925 25 50 0,4 1,0 0,9 2,1 1,3 3,1 1,8 4,115 12 73 1,8 2,3 3,5 4,4 5,1 6,6 6,6 8,611 7 82 2,4 2,8 4,6 5,5 6,8 8,1 8,8 10,6Fonte: Carvalho (2003).Volatilida<strong>de</strong>Para que um combustível queime corretamente, é necessário que esteja bem misturado como ar. Portanto, a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um combustível líquido em vaporizar-se é uma proprieda<strong>de</strong>importante, que afeta diretamente diversos parâmetros <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho do veículo, comocondições <strong>de</strong> partidas a frio ou a quente, aceleração, economia <strong>de</strong> combustível e diluição doóleo lubrificante. Exatamente por isso, os combustíveis <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> petróleo <strong>de</strong>vem apresentaruma composição equilibrada entre frações leves e pesadas, <strong>de</strong> modo a produzir umacurva <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação, segundo a qual o produto começa a se vaporizar a temperaturas relativamentemais baixas e termina a temperaturas bem mais elevadas do que a temperaturaambiente. A adição <strong>de</strong> etanol ten<strong>de</strong> a baixar a curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação, especialmente em suaprimeira meta<strong>de</strong>, afetando a chamada temperatura T50, correspon<strong>de</strong>nte a 50% da massaevaporada, embora as temperaturas inicial e final <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilação sejam pouco afetadas. Nessesentido, a adição <strong>de</strong> etanol é <strong>de</strong> reduzida importância para o comportamento dos motores.Entretanto, uma proprieda<strong>de</strong> importante e relacionada com a volatilida<strong>de</strong> – a pressão <strong>de</strong>vapor – é significativamente afetada pela adição <strong>de</strong> etanol. A pressão <strong>de</strong> vapor <strong>de</strong>termina onível das emissões evaporativas e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer formação <strong>de</strong> vapor nas linhas<strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> combustível, um problema minorado com a atual adoção <strong>de</strong> bombas <strong>de</strong>combustível no tanque, como ocorre na gran<strong>de</strong> maioria dos veículos mo<strong>de</strong>rnos. É interessanteconstatar que, embora a pressão <strong>de</strong> vapor da gasolina pura seja superior à do etanol puro,45<strong>Bioetanol</strong>-02.indd 45 11/11/2008 15:22:18

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