Trabalho e saúde mental dos profissionais da saúde
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TRABALHO E SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE<br />
qua<strong>da</strong>s. Esse profissional desempenha ativi<strong>da</strong>des multifaceta<strong>da</strong>s e simultâneas,<br />
como, por exemplo, realizar um procedimento de cui<strong>da</strong>do ao paciente<br />
4, 5, 6, 7<br />
e liderar uma equipe.<br />
Outro aspecto a considerar é o aspecto humano <strong>da</strong> profissão, que se dá<br />
no convívio constante que o enfermeiro tem com situações intensas como o<br />
nascimento, a doença, a morte, o contato prolongado com os enfermos e seus<br />
familiares, o que pode gerar no enfermeiro uma sobrecarga emocional. Com<br />
isso, tanto aspectos <strong>da</strong> <strong>saúde</strong> física como <strong>mental</strong> desses <strong>profissionais</strong> podem ser<br />
influencia<strong>dos</strong>, causando diminuição na produtivi<strong>da</strong>de, sentimentos de incapaci<strong>da</strong>de<br />
e insatisfação, desencadeando o processo do estresse.<br />
5, 6, 7<br />
O estresse ocupacional ocorre quando o profissional interpreta a situação<br />
como que excedendo a sua capaci<strong>da</strong>de de a<strong>da</strong>ptação; um indivíduo pode interpretar<br />
um trabalho extra como uma ameaça, enquanto outro pode interpretar<br />
como um desafio. 8<br />
Em síntese, pode-se considerar que os estressores ocupacionais que afetam<br />
os enfermeiros estão relaciona<strong>dos</strong> aos seguintes aspectos: atuação profissional,<br />
ambiente de trabalho, administração de pessoal, relacionamento interpessoal,<br />
assistência presta<strong>da</strong> e vi<strong>da</strong> pessoal. 8<br />
A formação profissional do enfermeiro:<br />
<strong>saúde</strong> <strong>mental</strong> e fatores de estresse<br />
158<br />
O estresse e os fatores de estresse que atingem a equipe de enfermagem<br />
também podem ser observa<strong>dos</strong> no período <strong>da</strong> sua formação profissional,<br />
quando o estu<strong>da</strong>nte vivencia nos estágios angústias na relação com os pacientes,<br />
pressão na avaliação acadêmica, cansaço devido ao acúmulo de tarefas,<br />
9, 10<br />
falta de tempo, preocupação com mercado de trabalho e outros.<br />
Atualmente, nas socie<strong>da</strong>des tecnologicamente desenvolvi<strong>da</strong>s, o ingresso na<br />
universi<strong>da</strong>de pode ser considerado para os jovens um marco de transição <strong>da</strong> adolescência<br />
para a vi<strong>da</strong> adulta. Neste início de vi<strong>da</strong> acadêmica normalmente os estu<strong>da</strong>ntes<br />
se deparam com dúvi<strong>da</strong>s e incertezas quanto à carreira escolhi<strong>da</strong>, como<br />
também vivenciam diferentes aspectos novos em sua vi<strong>da</strong>: como um novo ambiente<br />
social, novos desafios intelectuais, e a necessi<strong>da</strong>de de aquisição de maior<br />
11, 12<br />
autonomia e independência com relação ao seu grupo familiar e outros.<br />
A vi<strong>da</strong> acadêmica propicia o desenvolvimento e crescimento <strong>dos</strong> jovens<br />
nos aspectos cognitivos, sociais e emocionais. Entretanto, observa-se que é<br />
comum neste início o jovem sentir-se pressionado e sobrecarregado com as<br />
diferentes deman<strong>da</strong>s e não conseguir uma boa a<strong>da</strong>ptação, e muitas situações<br />
novas que ele vivencia se transformem em fatores de estresse. 11<br />
Existe uma alta prevalência de transtornos mentais entre estu<strong>da</strong>ntes universitários.<br />
13 O aluno, no início <strong>da</strong> facul<strong>da</strong>de, vivencia situações de estresse