Manual O Modelo URSULA-RSU pt-br
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RSU
ESTRATÉGIAS / FERRAMENTAS / INDICADORES
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
1
COMPREENDER
A RSU
2
O MODELO
URSULA
3
APRENDER A
MUDAR
CONCLUSÃO
POSFÁCIO
REFERÊNCIAS CITADAS
ANEXOS
101
3.5 Sete Táticas de Aprendizagem
Organizacional: o Método RÍE
MAMÁ
Dinamizar a comunidade institucional para uma inovação
social responsável mais dinâmica requer não só políticas
e planos estratégicos, mas também táticas de trabalho
que possam facilitar e acelerar a mudança no dia-a-dia. A
aprendizagem organizacional exige atores proativos para
os cinco passos estratégicos do Método HACER. Portanto,
apresentamos aqui 7 táticas que podem ser resumidas na
sigla RÍE MAMÁ.
Reunião. O pior que podemos fazer é manter os membros
da comunidade institucional da IES separados uns dos
outros, isolados nas suas respectivas funções e cargos,
com muito pouco relacionamento mais do que funcional.
Os atores devem ser reunidos e entusiasmados para que
possam influenciar a mudança, dando-lhes o poder de se
interrogarem em conjunto sobre o sentido geral das suas
ações na IES e sobre o sentido do desempenho global da
IES. A liderança compartilhada permite a cada membro da
IES compreender bem o significado do que está sendo
feito na instituição. Isto é uma preliminar para qualquer
tipo de dinâmica de mudança.
Interiorização. É essencial evitar a inconsciência e a
indiferença dos atores internos em relação aos problemas
sociais e impactos socioambientais dos quais eles
participam diariamente, mas que uma ética unidimensional
os impede de olhar. Portanto, é necessário sensibilizar e
formar os membros da instituição sobre as exigências
da responsabilidade social a partir do papel institucional,
continuamente e a partir de diversas iniciativas, campanhas,
eventos.
Escuta. É necessário ouvir atentamente todas as vozes
dentro e fora da IES. A instituição responsável é por
definição empática, e permite que seus atores participem
através da escuta ativa. Todos os atores, desde o pessoal
de limpeza até às autoridades, são capazes de contribuir
com boas ideias que ajudam a melhorar a IES e a ligá-la
àqueles que dela necessitam. Não há nada pior do que
aplicar rotinas e protocolos de uma forma mecânica e
autista, sem qualquer atenção aos contextos, diferenças,
novidades. A ferramenta privilegiada de gestão da escuta
é o autodiagnostico, cujos resultados são compartilhados
e discutidos ampla e abertamente.
Memorização. É essencial instituir um sistema de
inventário, memorização e comunicação das boas práticas
que ocorrem na IES. A gestão interna da informação
sobre o que o IES faz é fundamental para, além de evitar o
autismo da falta de escuta, evitar o “Alzheimer institucional”
da organização que repete e retoma a mesma coisa sem
cessar, porque não acumula memória ou capacidade de
progresso a partir e para além do que os seus atores já
fizeram antes. Atualizar constantemente a informação e
torná-la disponível a todos é fundamental para qualquer
processo de mudança.
Alinhamento. A coerência missionária entre todos os
processos e resultados é uma dimensão indispensável da
responsabilidade social da IES. Uma organização que diz
uma coisa e faz o contrário não pode ser confiável. Da
mesma forma, a responsabilização requer congruência,
particularmente no campo dos incentivos aos trabalhos
aplicados ao pessoal, que muitas vezes não estão alinhados
com os objetivos institucionais declarados. Por exemplo,
os incentivos ligados apenas ao desempenho individual
quando é defendido o trabalho em equipe representam
uma inconsistência comum nas organizações. Alinhar
metas, planos, programas, atividades, incentivos e cultura
organizacional são essenciais para RSU.
Maximização. A melhor maneira de ter impactos
significativos nas mudanças empreendidas é maximizar
o número de atores envolvidos em cada boa prática:
quanto mais diversidade de áreas e funções envolvidas,
pessoas motivadas, gestores capacitados em cada projeto
de melhoria guiados pelas 12 Metas de RSU, maior o
retorno e benefício (depois sustentabilidade) para a IES e
maior a oportunidade de ampliar o processo de mudança.
É importante evitar a dispersão de microprojetos muito
interessantes com pouco impacto e que dependem de
muito poucos atores internos e externos. Tal desperdício
de energia, especialmente se a IES não sabe como
memorizar as iniciativas ano após ano, dá finalmente
a impressão de que muitas coisas são feitas sem que
nada mude fundamentalmente. Isto é inútil.
Alianças. A criação de vínculos com parceiros
externos ajuda a IES a inovar. Estes parceiros externos
evitam a militância fraca e unilateral (da IES até “alcançar”
a comunidade) e de pouco impacto, porque sempre se
concentram em como a instituição pensa “sua ajuda” e
não em impactos escaláveis para a realização da ODS.
Portanto, uma IES socialmente responsável deve pensar
sempre em alianças territoriais, com vista a maximizar o
impacto social externo, juntamente com a maximização
do benefício formativo e cognitivo interno. Desta forma,
as alianças ajudam a IES a ter impactos positivos para
alcançar os cinco eixos estratégicos do Método HACER.