RSUESTRATÉGIAS / FERRAMENTAS / INDICADORESPREFÁCIOINTRODUÇÃO1COMPREENDERA RSU2O MODELOURSULA3APRENDER AMUDARCONCLUSÃOPOSFÁCIOREFERÊNCIAS CITADASANEXOSPara aprender a mudar, é necessáriodesaprender, retornar à idadeabençoada da criança, quando tudo erasurpreendente e inaugural.A COISA MAIS PERTURBADORA É A MAIS SIMPLES: SE JUNTEM, OLHEM OS ROSTOS UM DO OUTROLENTAMENTE E SE PERGUNTEM: “O QUE ESTAMOS REALMENTE FAZENDO AQUI, TENTANDO FORMARESTUDANTES E FAZER CIÊNCIA?” ENTÃO, COM BONS INDICADORES DE AUTODIAGNÓSTICO, PODEMOSSAIR DO PEDESTAL ACADÊMICO E ESPERAR POR ALGUMA MUDANÇA INSTITUCIONAL, UMA JANELADE OPORTUNIDADE. NÃO PROPOMOS AQUI FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO PARA TER SUCESSO,MAS PARA NOS COLOCARMOS EM XEQUE E ABRIR CAMINHO PARA UM ENSINO SUPERIORDIFERENTE.82
RSUESTRATÉGIAS / FERRAMENTAS / INDICADORESPREFÁCIOINTRODUÇÃO1COMPREENDERA RSU2O MODELOURSULA3APRENDER AMUDARCONCLUSÃOPOSFÁCIOREFERÊNCIAS CITADASANEXOS83Após compreender esta exigente responsabilidade pelosimpactos e conhecer o Modelo URSULA, fica claro que aRSU é, antes de tudo, um processo de transformaçãoorganizacional. Como não é um órgão ao lado dosoutros, nem uma temática particular ao lado de outras, éimpossível pretender ser socialmente responsável semenveredar pelo caminho da mudança. Este dever demudança é ditado pelo Titanic Planetário que temos deassumir e guiado pelos ODS que temos de levar a cabo.Então, a questão seguinte é: Como mudar? Comoconseguimos transversalizar e integrar as funçõessubstantivas da IES? Como trabalhar com base naresolução de problemas (de forma heurística) em vez desimplesmente reproduzir as funções dos órgãosinternos da IES? Como criar alianças úteis comatores externos que significam tanto desenvolvimentosustentável para o meio ambiente quanto excelênciaacadêmica para a IES? Como ser uma alavanca para osODS do ponto de vista do ensino superior?Mas, acima de tudo, a tarefa do ensino superior é seruma alavanca para os ODS? Trabalhar com base naresolução de problemas não desvia a universidade de suafunção social essencial? O capítulo anterior respondeuantecipadamente a esta questão radical contra a RSUcom o Modelo das 12 Metas:1 A resolução de problemas sociais não distorce asfunções sociais e a razão de ser da IES, se observamosque a Aprendizagem Baseada em Desafios Sociaisem e com a comunidade são formas legítimas deformação e conhecimento de uma forma científica epedagogicamente atrativa, mesmo para a empregabilidade doegresso, uma vez que as competências profissionais esócioemocionais do estudante “solucionador deCabe a nós aplicar umModelo de RSU queconvide a instituição àinovação social, tanto paradentro, como para fora.problemas em comunidade” são hoje muito atraentespara o empregador, num contexto de trabalho de rápidamudança e obsolescência do conhecimento, e decrescente pressão sobre as empresas para demonstrarsua capacidade de responder aos impactos sociais eambientais de seu desempenho. A RSU é qualidadecom pertinência, e é gratificante.2 Ser uma alavanca para os ODS e ter uma gestãoexemplar da instituição é um dever, já que de fato asIES têm impactos sociais e ambientais negativos e umaresponsabilidade histórica de contribuir para a mudançado modelo de desenvolvimento (Titanic Planetário), eporque não podem escapar à exigência de coerênciainterna entre o que proclamam da sala de aula e oque praticam a partir do campus: a responsabilidadesocial é o fundamento da vida universitária, uma tarefapara todos e a única forma de legitimar a formação e oconhecimento do ensino superior. Qualquer atitude deretirada sobre questões internas, fingindo ignorar osdramas sociais e ambientais externos, e fingindo que“este não é o nosso problema” condenaria o ensinosuperior à autocontradição com os seus própriosdiscursos missionários institucionais. A RSU é umdever absoluto.Consequentemente, aceitando nossa coculpabilidade ecoresponsabilidade pelos impactos sociais e ambientaisque geramos assim como outros atores sociais (comnossa diferença genuína de gerar impactos educacionaise cognitivos antes de tudo), cabe a nós aplicar um Modelode RSU que convide a instituição à inovação social,tanto para dentro, como para fora. Isto significa queos membros da comunidade institucional trabalharãojuntos de uma forma diferente, produzirão diferentesaprendizagens e conhecimentos com outros atoressociais e criarão diferentes dinâmicas sociais no seucampo de influência, aliando-se a novos parceirosexternos. Neste terceiro capítulo, apresentamosestratégias e ferramentas básicas que permitem iniciareste processo de transformação institucional da IES 3(três) aspectos são centrais:> O MOTOR da mudança é a ética em 3D: virtude,justiça e sustentabilidade, na qual se alfabetizamas pessoas na IES (autoridades, administradores,docentes, estudantes).> O MEIO da mudança é a gestão por processos, paraque toda a instituição se torne uma fonte permanentede cooperação e sinergia capaz de dar e atingirrapidamente objetivos comuns entre todas as áreas.> O FIM da mudança é a inovação social, aquela queresolve os problemas da sociedade diagnosticados,com base a uma IES concebido como um laboratóriopermanente de inovação e parcerias para os ODS.