Manual O Modelo URSULA-RSU pt-br
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RSU
ESTRATÉGIAS / FERRAMENTAS / INDICADORES
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
1
COMPREENDER
A RSU
2
O MODELO
URSULA
3
APRENDER A
MUDAR
CONCLUSÃO
POSFÁCIO
REFERÊNCIAS CITADAS
ANEXOS
89
Para sair dela, é necessário ter uma visão processual da
IES que a reconheça como um fluxo permanente de ações,
onde os inputs e os outputs são todos do meio ambiente da
organização, da sociedade, do país, do mundo, do planeta.
Dentro da IES, são também processos internos de geração
de valor, recursos, produtos e serviços criados pela IES. A
fronteira entre o interior e o exterior é mais uma hipótese
operacional do que uma realidade. As áreas são pequenas
diferenciações funcionais pelas quais estes processos passam,
mas só o processo é importante: fluidez ou dureza,
facilidade ou travas, são os valores de trabalho bom ou ruim.
Graças a esta visão dinâmica é mais provável observar os
impactos e verificar os efeitos da ação da IES na sociedade
como resultado de suas ações, e da ação de cada pessoa
dentro do todo, porque já não estamos centrados no órgão
que funciona, mas no corpo total que vive. A equipe faz a
si mesma as boas perguntas: Qual é o propósito do nosso
trabalho? O que trazemos à sociedade? Como sabemos?
A gestão de processos sustenta que o importante não é o
funcionamento da área e o cumprimento dos seus interesses
separadamente, mas a qualidade do processo como um todo.
Requer que cada ator tenha uma visão conjunta e completa
da organização, seu propósito final e seu papel em alcançar
esse propósito conjunto. Também exige que o problema deixe
de ser lealdade ao chefe da área e se torne a busca de fluidez
e eficiência na realização dos objetivos finais entre e graças a
todas as áreas. Da mesma forma, coordenação, trabalho em
equipe, motivação e liderança são necessários para formar
equipes de alto desempenho entre as áreas. Portanto, requer
facilitar a orientação para o meio ambiente, a percepção dos
impactos sociais e ambientais da organização e a direção para
os ODS como objetivo supremo dos objetivos organizacionais,
já que este é o objetivo de toda a sociedade, o bem comum.
A visualização dos impactos requer que a gestão das diferentes
A gestão por processos
facilita uma autocrítica
coletiva proativa porque
analisa processos e
permite a identificação de
estrangulamentos, onde se
freia ou onde se acelera, e
redireciona o olhar para a
motivação para a resolução
conjunta de problemas
(abordagem heurística).
ações da IES inclua processos como a gestão de
compras, de resíduos, da formação, da matrícula, etc.
Todos os processos são desenvolvidos graças ao trabalho
de várias áreas, portanto o foco de atenção muda: já não
olhamos mais para cada área (e cada trabalhador), mas para
cada processo, ou seja, a interação entre as áreas e as
pessoas. O processo de gestão deve permitir-nos adaptar
os processos aos objetivos, ou seja, ter realmente coerência.
Esta coerência deve ser dada entre o discurso da IES e as
ações por ela empreendidas para alcançar os objetivos.
A gestão por processos facilita uma autocrítica coletiva
proativa porque analisa processos e permite a identificação
de estrangulamentos, onde se freia ou onde acelerar, e
redireciona o olhar para a motivação para a resolução conjunta
de problemas (abordagem heurística). Desta forma, facilita
a consciência da interdependência dentro da instituição
e com outros atores fora dela. Com a visão do processo, os
atores começam a compreender que o seu próprio trabalho
depende do trabalho dos outros e que o trabalho dos outros
interferirá muito com o seu próprio trabalho. A partir deste
entendimento, gera-se uma visão global e nasce a consciência
de que os processos envolvem recursos, fornecedores,
usuários e marcos legais tão importante quanto nós, sendo
agentes “externos”. Quando o “externo” se torna importante,
a excelência no cumprimento das tarefas, a relevância social,
as alianças alcançadas e todos os impactos positivos que
possam ter sido alcançados, tornam-se importantes. A IES
está consciente da sua responsabilidade social, e não apenas
das responsabilidades internas de cada área.