16.11.2020 Views

Manual O Modelo URSULA-RSU pt-br

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

RSU

ESTRATÉGIAS / FERRAMENTAS / INDICADORES

Universidad Siglo XXI - Juan Pablo Martínez

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

1

COMPREENDER

A RSU

2

O MODELO

URSULA

3

APRENDER A

MUDAR

CONCLUSÃO

POSFÁCIO

REFERÊNCIAS CITADAS

ANEXOS

94

Os requisitos éticos inspiram processos de gestão que

realizam projetos inovadores que cumprem os requisitos

éticos. Assim, por exemplo, quando se fala do processo

de gestão de compras, o requisito ético é que nenhuma

compra vá contra as normas da OIT e o meio ambiente. Da

mesma forma, espera-se que na medida do possível estas

compras promovam impactos positivos para o mercado,

para o território e que protejam selecionem e privilegiem

os atores económicos mais marginalizados e vulneráveis,

para que possam beneficiar-se do mercado criado pelas

compras das IES. Desta forma, se a instituição se inspira

nisso, o próprio processo de gestão começa a perceber o

potencial para projetos inovadores. Neste caso, por exemplo,

poderiam ser projetos locais de incentivo ao Comércio Justo

local (Fair Trade) com pequenas empresas promovidas

pela IES, e projetos de incentivo de fornecedores locais de

alimentos orgânicos. Desta forma, os membros da IES são

inspirados, vivendo juntos num ambiente, onde os produtos

e serviços são social e ambientalmente responsáveis, o

que gera mudanças para que os requisitos éticos sejam

cada vez melhor satisfeitos. Obviamente, estes projetos de

aquisições institucionais responsáveis devem ser concebidos

e executados a partir dos cursos profissionais relacionados

da própria IES, maximizando o processo, tratando-o não

só como uma mudança de gestão, mas também como

uma oportunidade de ensino e pesquisa. Desta forma,

as Faculdades de Economia, Ciências Empresariais e

Engenharia Agrícola, através de incubadoras e projetos de

inovação empresarial, concretizam o mercado de compras

responsáveis da própria IES, gerando também teses e

publicações, tecendo vínculos com atores externos: os

processos de formação, cognição e participação mudam

quando o processo de gestão muda.

Pelo contrário, se essas exigências éticas passam

despercebidas no processo de gestão, a lógica rotineira

da área ganha com sua visão tendenciosa, e ninguém

sente que há algo a mudar no que já fazemos. Tomando

o exemplo das compras, a administração central aplica o

protocolo de seleção de fornecedores com critérios de

qualidade/preço, e não há mais preocupação: de onde

vem o produto comprado, qual é a sua cadeia de valor, os

riscos de exploração do trabalho e desrespeito às normas

da OIT, trabalho infantil ou danos ambientais...? Tudo isso

não é visualizado por causa da “inteligência cega” (Morin,

1998) da administração monodisciplinar tradicional. Assim,

como não falta nada, como tudo está bem, não há razão

para mudar.

Mais uma vez, é preciso sublinhar que a tradicional

abordagem “em silo”, dividida por áreas organicamente

autónomas, com a lógica estanque de cada líder de

área, conduz necessariamente a frear a dinâmica de

mudança. Isto leva então a inconsistências na prática

(uns empurram para um lado enquanto outros empurram

para o lado oposto), cada um refugiando-se na sua lógica

monodisciplinar especializada que é cega aos impactos

da instituição como um todo:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!