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Manual O Modelo URSULA-RSU pt-br

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RSU

ESTRATÉGIAS / FERRAMENTAS / INDICADORES

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

1

COMPREENDER

A RSU

2

O MODELO

URSULA

3

APRENDER A

MUDAR

CONCLUSÃO

POSFÁCIO

REFERÊNCIAS CITADAS

ANEXOS

Assim, podemos construir o modelo de responsabilidade

social de forma geral:

1 A responsabilidade social exige alianças de

múltiplos atores interessados para a solução de

problemas sociais crônicos que afetam a todos e em

que todos participam de uma maneira ou de outra

(corresponsabilidade coletiva).

2 No nível macro, os principais atores internacionais e

multilaterais devem enfrentar esses problemas com

a ajuda da comunidade científica, construir

acordos globais, protocolos e planos de

desenvolvimento (como os ODS, por exemplo), que

serão, mais tarde, impostos a todos por meio de vários

tipos de reguladores sociais (leis, incentivos, normas,

capacitação, etc.).

3 No nível micro, cada organização deve examinar até

que ponto é coculpável do problema mencionado (por

exemplo, em que medida ela participa das mudanças

climáticas ou do trabalho infantil em sua cadeia de

fornecedores) e até que ponto pode participar de

sua solução com mudanças internas (nova maneira

de operar, novas metas organizacionais, novos

processos...) e, alianças externas (liderança territorial

para a promoção dos ODS, por exemplo). A política

organizacional socialmente responsável é chamada

de gerenciamento de impacto: impactos negativos

a serem mitigados até eliminar, impactos positivos a

serem promovidos até conseguir a mudança social

desejada.

90 países e todas as partes interessadas, alcançou um

consenso em 2010 sobre uma definição em termos de

responsabilidade po r impactos:

“A responsabilidade social é a responsabilidade

de uma organização perante os impactos

que suas decisões e atividades causam na

sociedade e no meio ambiente, através de

um comportamento ético e transparente

que:

> Contribua para o desenvolvimento sustentável,

incluindo a saúde e o bem-estar da sociedade;

> Leve em consideração as expectativas de seus

apoiadores;

> Cumpra a legislação aplicável e seja consistente

com os padrões internacionais de comportamento;

> Esteja integrada em toda a organização e coloque

em prática suas relações.

Nota 1: as atividades incluem produtos, serviços

e processos.

Nota 2: as relações se referem às atividades

de uma organização dentro de sua esfera de

influência.”

(International Organization for Standardization, 2010)

Podemos constatar que esta definição abraça a ideia

de que a responsabilidade social é responsável pelos

impactos de todas as atividades de uma organização em

sua esfera de influência. Relaciona essa responsabilidade

a obrigações legais (a gestão de impacto não é voluntária

e discricionária, é obrigatória) e insiste em que deve

ser integrada em toda a organização (não se trata de

atividades filantrópicas marginais fora da atividade

central da organização, não é um escritório que cuide

disso além dos outros órgãos da organização).

Mas também podemos verificar que essa definição da ISO

26000 não obriga a organização a se associar a outras

pessoas: ela lida apenas com a responsabilidade pelos

impactos de maneira reativa (a organização, sozinha, tenta

não ter impactos negativos). A dimensão proativa

das alianças territoriais para a promoção dos

ODS não é levada em consideração. Portanto, devemos

ir além dessa definição para enfrentar as emergências

sociais e ambientais do “Titanic Planetário” de ambos os

lados: suprimir os impactos negativos, promover

impactos positivos.

17

Nessa linha, o Guia de Responsabilidade Social

ISO 26000, após 5 anos de negociações entre mais de

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