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Manual O Modelo URSULA-RSU pt-br

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RSU

ESTRATÉGIAS / FERRAMENTAS / INDICADORES

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

1

COMPREENDER

A RSU

2

O MODELO

URSULA

3

APRENDER A

MUDAR

CONCLUSÃO

POSFÁCIO

REFERÊNCIAS CITADAS

ANEXOS

83

Após compreender esta exigente responsabilidade pelos

impactos e conhecer o Modelo URSULA, fica claro que a

RSU é, antes de tudo, um processo de transformação

organizacional. Como não é um órgão ao lado dos

outros, nem uma temática particular ao lado de outras, é

impossível pretender ser socialmente responsável sem

enveredar pelo caminho da mudança. Este dever de

mudança é ditado pelo Titanic Planetário que temos de

assumir e guiado pelos ODS que temos de levar a cabo.

Então, a questão seguinte é: Como mudar? Como

conseguimos transversalizar e integrar as funções

substantivas da IES? Como trabalhar com base na

resolução de problemas (de forma heurística) em vez de

simplesmente reproduzir as funções dos órgãos

internos da IES? Como criar alianças úteis com

atores externos que significam tanto desenvolvimento

sustentável para o meio ambiente quanto excelência

acadêmica para a IES? Como ser uma alavanca para os

ODS do ponto de vista do ensino superior?

Mas, acima de tudo, a tarefa do ensino superior é ser

uma alavanca para os ODS? Trabalhar com base na

resolução de problemas não desvia a universidade de sua

função social essencial? O capítulo anterior respondeu

antecipadamente a esta questão radical contra a RSU

com o Modelo das 12 Metas:

1 A resolução de problemas sociais não distorce as

funções sociais e a razão de ser da IES, se observamos

que a Aprendizagem Baseada em Desafios Sociais

em e com a comunidade são formas legítimas de

formação e conhecimento de uma forma científica e

pedagogicamente atrativa, mesmo para a empregabilidade do

egresso, uma vez que as competências profissionais e

sócioemocionais do estudante “solucionador de

Cabe a nós aplicar um

Modelo de RSU que

convide a instituição à

inovação social, tanto para

dentro, como para fora.

problemas em comunidade” são hoje muito atraentes

para o empregador, num contexto de trabalho de rápida

mudança e obsolescência do conhecimento, e de

crescente pressão sobre as empresas para demonstrar

sua capacidade de responder aos impactos sociais e

ambientais de seu desempenho. A RSU é qualidade

com pertinência, e é gratificante.

2 Ser uma alavanca para os ODS e ter uma gestão

exemplar da instituição é um dever, já que de fato as

IES têm impactos sociais e ambientais negativos e uma

responsabilidade histórica de contribuir para a mudança

do modelo de desenvolvimento (Titanic Planetário), e

porque não podem escapar à exigência de coerência

interna entre o que proclamam da sala de aula e o

que praticam a partir do campus: a responsabilidade

social é o fundamento da vida universitária, uma tarefa

para todos e a única forma de legitimar a formação e o

conhecimento do ensino superior. Qualquer atitude de

retirada sobre questões internas, fingindo ignorar os

dramas sociais e ambientais externos, e fingindo que

“este não é o nosso problema” condenaria o ensino

superior à autocontradição com os seus próprios

discursos missionários institucionais. A RSU é um

dever absoluto.

Consequentemente, aceitando nossa coculpabilidade e

coresponsabilidade pelos impactos sociais e ambientais

que geramos assim como outros atores sociais (com

nossa diferença genuína de gerar impactos educacionais

e cognitivos antes de tudo), cabe a nós aplicar um Modelo

de RSU que convide a instituição à inovação social,

tanto para dentro, como para fora. Isto significa que

os membros da comunidade institucional trabalharão

juntos de uma forma diferente, produzirão diferentes

aprendizagens e conhecimentos com outros atores

sociais e criarão diferentes dinâmicas sociais no seu

campo de influência, aliando-se a novos parceiros

externos. Neste terceiro capítulo, apresentamos

estratégias e ferramentas básicas que permitem iniciar

este processo de transformação institucional da IES 3

(três) aspectos são centrais:

> O MOTOR da mudança é a ética em 3D: virtude,

justiça e sustentabilidade, na qual se alfabetizam

as pessoas na IES (autoridades, administradores,

docentes, estudantes).

> O MEIO da mudança é a gestão por processos, para

que toda a instituição se torne uma fonte permanente

de cooperação e sinergia capaz de dar e atingir

rapidamente objetivos comuns entre todas as áreas.

> O FIM da mudança é a inovação social, aquela que

resolve os problemas da sociedade diagnosticados,

com base a uma IES concebido como um laboratório

permanente de inovação e parcerias para os ODS.

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