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Manual O Modelo URSULA-RSU pt-br

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RSU

ESTRATÉGIAS / FERRAMENTAS / INDICADORES

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

1

COMPREENDER

A RSU

2

O MODELO

URSULA

3

APRENDER A

MUDAR

CONCLUSÃO

POSFÁCIO

REFERÊNCIAS CITADAS

ANEXOS

8

No entanto, uma boa notícia é, sem dúvida, a entrada da

RSU na lei universitária de um país latino-americano como

o Peru (Lei 30220, Peru, artigo 124, 2014), que a define

adequadamente como uma gestão transversal dos impactos

da universidade em todos seus processos e com todos seus

atores internos e externos. Também, a RSU está, cada vez

mais presente, nas declarações dos reitores continentais

(Conferência Regional sobre Educação Superior [CRES],

2018). Aos 100 anos da Declaração de Córdoba, cada vez

mais atores no mundo do ensino superior admitem que a

relevância social depende da transversalização e

da integralidade da resposta da universidade aos

desafios da justiça e da sustentabilidade. Por esta

razão, se convoca as três funções substantivas (ensino,

pesquisa, extensão) e a administração central para

cumprir em conjunto com a coerência entre o

discurso e a rotina institucional. Em boa hora! Esperamos

que esses avanços conceituais e legais tenham efeitos

visíveis rápidos nos conteúdos acadêmicos, nas formas

de ensinar e pesquisar, na vida cotidiana nos campi e nas

comunidades beneficiárias.

No entanto, podemos dizer que vinte anos depois, em nível

teórico, o conceito de RSU ganhou notoriedade,

legitimidade e precisão (Vallaeys & Álvarez, 2019).

Há cada vez menos pessoas que permanecem apegadas

a um foco parcial da Extensão Universitária em projetos

extracurriculares voluntários; cada vez menos aqueles que

continuam suspeitando que a RSU nada mais é do que

gestão empresarial disfarçada; cada vez menos aqueles que

continuam a se refugiar no eterno, “Mas sempre fizemos

isso! Não há nada novo na RSU”, como se justificasse

o seu medo à mudança.

Dito isto, deve-se constatar que, em um nível prático,

muito pouco foi alcançado: os campi sustentáveis

permanecem sendo a exceção, a pesquisa na e com a

É por isso que publicamos

este novo Manual de

RSU, mais focado nesse

aspecto crucial: ensinar

às instituições de ensino

superior como aprender a

mudar, como passar das

boas práticas (que sempre

existem e existiram) para

boas organizações (que

ainda faltam).

comunidade ou com a Aprendizagem Baseada em Desafios

Sociais não dominam os hábitos acadêmicos no ensino

superior. Temos milhares de exemplos de boas práticas

dentro das instituições, mas nenhum exemplo de instituição

que mudaria radicalmente em comparação com os padrões

de gestão dos séculos XIX e XX. No nível empresarial,

há novos modelos organizacionais mais radicalmente

redesenhados em função da Responsabilidade Social,

como as empresas liberadas, as empresas B, empresas

dedicadas à economia regenerativa. No nível universitário,

continua a prevalecer o design organizacional tradicional.

Após 100 anos do grito de Córdoba em 1918, os estudantes

latino-americanos permanecem com muito pouco poder, em

algumas universidades onde continuam sendo estudantes

e não cocriadores de seu próprio aprendizado.

Então, percebemos que com a RSU acontece o mesmo

que com a economia circular: todos concordam

com ela, mas ninguém consegue incluí-la nos hábitos

da vida. Falta, portanto, aprendizado organizacional

e cultura de mudança. É por isso que publicamos

este novo Manual de RSU, mais focado nesse aspecto

crucial: ensinar às instituições de ensino superior

como aprender a mudar, como passar das boas

práticas (que sempre existem e existiram) para boas

organizações (que ainda faltam).

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