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Manual O Modelo URSULA-RSU pt-br

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RSU

ESTRATÉGIAS / FERRAMENTAS / INDICADORES

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

1

COMPREENDER

A RSU

2

O MODELO

URSULA

3

APRENDER A

MUDAR

CONCLUSÃO

POSFÁCIO

REFERÊNCIAS CITADAS

ANEXOS

A aposta é que uma

universidade transformada

ajudará a transformar a

sociedade, enquanto uma

universidade comprometida

em transformar a sociedade

sem transformar a si

mesma nada conseguirá.

Antes de comprometerse,

há a necessidade de ser

responsável.

1.4 Por que o RSU não é Extensão?

A visão clássica da IES fala de três funções substantivas

incorporadas em três órgãos independentes dentro de

si: Ensino, Pesquisa, Extensão. O terceiro órgão é

encarregado da tarefa de apoio e participação social

solidária, de contribuição social voluntária.

No entanto, se mantivermos esta visão clássica das IES

em vigor, existem dois problemas básicos para o impacto

social da instituição:

1. O primeiro é a separação entre a função de

gestão administrativa e as funções de formação

acadêmica de ensino, pesquisa e extensão. Faz

com que as instituições de ensino superior caiam em

contradições e inconsistências entre o que diz e o que

faz. A IES não percebe que reproduz em sua gestão

interna todos os problemas sociais e ambientais que as

outras organizações geram no âmbito de nosso Titanic

Planetário insustentável. Enquanto o professor prega

na sala de aula o abandono de plásticos descartáveis, o

administrador compra copos descartáveis para o refeitório

do campus. Desse modo, os alunos entendem que a

ética é apenas um discurso, mas não uma prática. Uma

lição terrível aprendida no currículo oculto da instituição!

As boas iniciativas ambientais empreendidas desde a

Extensão para fora também não compensarão as más

rotinas da administração central para dentro.

2. O segundo problema é a marginalização da

função extensão em comparação com as

outras duas funções substantivas: o ensino e

a pesquisa. Sendo concebida como um corpo

diferente e separado, a Extensão é responsável por

tarefas extracurriculares não diretamente vinculadas

à geração de novos conhecimentos científicos. Mas,

sem o apoio de pesquisadores e cursos profissionais,

os projetos sociais extracurriculares são condenados

a se envolver em iniciativas muito específicas, com a

participação de apenas alguns voluntários. Projetos que

surgem da marginalização da Extensão geralmente são

mal financiados, dispersos e não geram um impacto

realmente positivo na sociedade. Também não constituem

um retorno importante para a formação profissional e a

publicação científica da IES. Seu caráter extracurricular

o condena à fraqueza.

A RSU, é claro, não pode continuar sendo confundida com

a Extensão, senão acontecerá a mesma coisa com ela:

será sempre a última roda do carro do ensino superior.

Definitivamente, a RSU não pode ser concebida

como um órgão ao lado dos outros, mas como

uma exigência transversal a todos os órgãos, de

modo que a RSU não elimina a Extensão, nem a substitui,

mas, sim, aumenta claramente a Extensão ao articulá-la

com as demais funções substantivas.

30

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