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Primeros Modernos.pdf

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primerosmodernos252com os cânones estabelecidos ou consagrados que encontram pela frente é constitutiva de sua definiçãoenquanto tal.Ao mesmo tempo, porém, a antiga ordem, precisamente no que ainda tinha de coloraçãoparcialmente aristocrática, oferecia um conjunto de códigos e recursos disponíveis, a partir dos quais se poderiatambém resistir às devastações do mercado como princípio organizador da cultura e da sociedade, aliás,uniformemente detestado por todas as espécies de modernismo. Os estoques clássicos da alta cultura aindapreservados -mesmo que deformados e amortecidos- pelo academicismo do século XIX poderiam serresgatados e dirigidos contra ele, bem como contra o espírito comercial da época, como muitos dessesmovimentos o caracterizavam.Nessa mesma conjuntura, para um tipo diferente de sensibilidade modernista, as energias eos atrativos de uma nova era da máquina consistiam em um poderoso estímulo à imaginação, refletindo-se nocubismo francês, no futurismo italiano ou no construtivismo russo. Porém, a condição desse interesse residiaem que as técnicas e os artefatos fossem abstraídos da relações sociais de produção que os estavam criando. Ocapitalismo enquanto tal jamais foi exaltado por qualquer tipo de modernismo.Por fim, a bruma da revolução social que pairava sobre o horizonte dessa época foiresponsável por grande parte do tom apocalíptico daquelas correntes do modernismo que rejeitavam de modomais irremissível e violentamente radical a ordem social como um todo, com destaque para o expressionismoalemão.O modernismo europeu nos primeiros anos deste século floresceu assim no espaço situadoentre um passado clássico ainda utilizável, um presente técnico ainda indeterminado e um futuro político aindaimprevisível. Desta forma, surgiu da intersecção de uma ordem dominante semi-aristocrática, uma economiacapitalista semi-industrializada e um movimento operário semi-emergente.Origens do modernismo no Brasil“A quem pertence o mundo? Essa era uma das questões centrais dos anos 20; a quem pertence e a quem irápertencer? Para muitos pioneiros da nova arquitetura, a resposta era clara: ao povo, às massas, aostrabalhadores, ao maior número. Sob essas variações terminológicas se escondiam a idéia comum datransformação social iminente ou em curso e a ascensão da arquitetura a funções novas e superiores. A exemplode Marx, para quem a filosofia que se havia limitado a descrever o mundo iria contribuir para transformálo,os criadores artísticos da vanguarda dos anos 20, entre eles os arquitetos, acreditavam que a arte, aarquitetura e a organização urbana deixariam de ser um reflexo da sociedade existente para se tornar um dosinstrumentos privilegiados de sua reconstrução”. Anatole KoppSegundo Martins, foram superadas as correntes de pensamento que tomavam os fatores determinantes dosurgimento do Movimento Moderno no Brasil como reflexo das tensões sociais na década de 20 ou expressão

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