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FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

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MAMÍFEROS<br />

Ao contrário de organismos sésseis, que podem ser facilmente contados e ter sua distribuição<br />

avaliada com maior segurança, ou ainda vertebrados com atividade diurna, como aves ou<br />

primatas, diversas espécies de mamíferos (particularmente os pequenos) possuem hábitos<br />

secretivos, noturnos ou bi-crepusculares, sendo dificilmente avistadas.<br />

Além disso, muitas vezes as diferenças entre duas espécies muito semelhantes só podem ser<br />

observadas através de estudos mais detalhados da morfologia craniana ou pós-craniana, ou<br />

mesmo através de técnicas citogenéticas. Estas espécies não podem ser amostradas através<br />

de avistamentos ou contagens, e sua correta identificação exige a captura e o sacrifício de<br />

exemplares. A captura é usualmente feita através do uso de armadilhas, que podem ou não<br />

usar iscas para atrair os animais.<br />

Em inventários de mamíferos, existem três determinantes do número de indivíduos coletados<br />

para cada espécie:<br />

• O número de indivíduos presente - se a densidade for alta, provavelmente a espécie<br />

vai ser amostrada em maior número;<br />

• Adequação do método de coleta ao hábito da espécie – durante algum tempo<br />

acreditou-se que algumas espécies de hábitos semi-fossoriais se apresentassem em<br />

densidades muito baixas, já que raramente eram coletadas em armadihas de<br />

contenção. Com a introdução do método de coleta com armadilhas do tipo pitfall,<br />

exemplares destas espécies passaram a ser mais numerosos nos inventários; e<br />

• O padrão de distribuição da espécie no ambiente – em espécies com áreas de vida e<br />

capacidade de deslocamento pequenas, freqüentemente o caso dos pequenos<br />

mamíferos, muitas vezes a ocupação desigual do ambiente faz com que não sejam<br />

amostradas simplesmente por que não estavam no local onde foram montadas as<br />

armadilhas.<br />

Considerando os fatores expostos acima, pode-se dizer com segurança que a “raridade” de<br />

uma espécie de pequeno mamífero, ao contrário do que ocorre com mamíferos de médio e<br />

grande porte, nem sempre é um indicador de sua abundância na área estudada. No caso deste<br />

grupo de mamíferos, um bom indicador de sua “maior possibilidade de extinção ou diminuição<br />

drástica de tamanhos populacionais” é a extensão de sua área de distribuição: quanto menor<br />

a área de distribuição, maior a possibilidade de a espécie vir a desaparecer.<br />

Como pequenos mamíferos não são espécies procuradas por caçadores, a principal ameaça<br />

encontra-se na modificação ou destruição de seu habitat, e em alguns aspectos particulares<br />

da ocupação humana, sendo animais domésticos como cachorros e gatos, por exemplo,<br />

predadores eficientes que exercem pressão considerável sobre populações de roedores e<br />

marsupiais.<br />

No caso da área em estudo, pode-se destacar três espécies de pequenos mamíferos com<br />

distribuição restrita ou endêmica da região estudada. São elas os roedores equimídeos<br />

108 Módulo FAUNA

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