FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

Todos os pontos citados acima pertencem à Área 2 do Polígono e compartilham as mesmas
características fisionômicas: apresentam árvores de grande porte com dossel fechado em
alguns pontos, serapilheira abundante e grande quantidade de epífitas. A presença de
meandros, pequenos cursos de água e poças (Anexo 6 – Foto 01) é uma característica dos
pontos estudados. Os corpos de água alteram sua profundidade e direção, sugerindo que em
certos períodos o fluxo e o volume de água podem elevar-se. A presença de cursos d’água e
de diferentes estratos na vegetação favorecem a ocorrência de grande número de espécies de
quirópteros e de espécies insetívoras em geral.
A terceira trilha refere-se ao ponto 17, caracterizado como Floresta alta de Restinga (FaR) e
Floresta baixa de Restinga (FbR), começando na praia próximo ao Rio Itaguaré, na Área 1 do
Polígono. Apresenta sub-bosque com grande densidade de bromeliáceas (Anexo 6 – Foto 02),
árvores de grande porte e abundância de espécies epífitas e lianas, apontando para um
estágio de sucessão avançado (Anexo 6 – Foto 03). Vários pontos do sub-bosque são dominados
por bromeliáceas, formando grandes adensamentos (Anexo 6 – Foto 04). A área é mais seca
que a dos pontos descritos acima (7, 9, 11, 12, 13, 14), apresentando solo mais arenoso,
especialmente na região do ponto 17. A área apresenta grande número de trilhas
intensamente utilizadas, o que pode limitar a presença de mamíferos de grande porte. A
vegetação presente na área mais próxima do mar é composta principalmente por espécies
rasteiras (Anexo 6 - Foto 05), sendo bem diferente da encontrada nos pontos 4 e 5.
A quarta trilha refere-se aos pontos 4 e 5, catalogados como FbR, na região na faixa litorânea
localizada fora, porém próximo a Área 1 do Polígono. O principal aspecto a ser ressaltado
nesta área é a presença de uma grande Laguna, cercada por vegetação arbustiva e herbácea
na faixa da praia e por Floresta de Restinga. Esta laguna é irrigada por pequenos meandros de
água (Anexo 6 – Foto 06), que têm origem na Floresta de Restinga (a vegetação apresenta
características similares à do ponto 17). É provável que ocorra a mistura com água do mar em
períodos de maré alta. A laguna apresenta trechos com dominância de ciperáceas de áreas
inundadas e macrófitas. A grande quantidade de água permanente e vegetação diversificada
do entorno possibilitam a presença de espécies de hábito semi-aquático e de quirópteros.
A quinta trilha é representada pelo ponto 1, classificado como Floresta Transição
Restinga/Encosta (FTR/E). Localiza-se na base da Serra do Mar, na Área 1 do Polígono,
fazendo contado com a FaR. Situa-se na borda do polígono. A área apresenta ambientes
únicos, como riachos e cachoeiras com grandes costões rochosos. A região é de extrema
importância, pois apresenta características similares às da encosta da Serra do Mar, podendo
apresentar semelhanças faunísticas também.
Os últimos pontos amostrados foram os 15 e 16, referentes à FaR, uma região de mangue que
acompanha o Rio Perequê-Mirim, na Área 1 do Polígono (Anexo 06 – Foto 07). A presença de
água e a possibilidade de recursos alimentares em abundância (peixes e crustáceos) são
essenciais para a manutenção de populações viáveis de animais de hábitos semi-aquáticos ou
cujo hábitat inclui necessariamente margens de rios, como o guaxinim Procyon cancrivorus, a
cuíca-de-cauda-grossa Lutreolina crassicaudata, o rato d’água Nectomys squamipes, a lontra
Lontra longicaudis, e ainda animais mais generalistas, como o gambá Didelphis aurita e a
cuíca de quatro olhos cinzenta, Philander frenatus.
Módulo FAUNA 37