FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF
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4.2.4 A Flora do Polígono Bertioga<br />
Após a realização do levantamento de dados secundários e dos trabalhos de campo, foi<br />
compilada a listagem de espécies vegetais do Polígono Bertioga (Anexo 16). O resultado foi<br />
um total de 964 espécies da flora vascular, pertencentes a 139 famílias. As dez famílias mais<br />
ricas são apresentadas na Tabela 22. Além destas espécies, outras 21 continuaram como<br />
ocorrência provável por terem sido coletadas em áreas muito próximas ou talvez até dentro<br />
do Polígono, mas não possuíam as coordenadas exatas dos pontos amostrais (em geral,<br />
citações da Flora Fanerogâmica de São Paulo). Existem outros materiais coletados durante o<br />
trabalho de campo que ainda não foram propriamente identificados, havendo a necessidade<br />
de consulta à especialistas. Desta forma, certamente há um número maior de espécies<br />
ocorrentes dentro dos limites do Polígono Bertioga. Caso as espécies exóticas sejam incluídas<br />
no cálculo (ca. 25 espécies), o número de espécies na área de estudo atinge 989.<br />
As listas de espécies foram provenientes de diferentes fontes. Destas 964, 600 espécies<br />
tiveram sua ocorrência confirmada durante o trabalho de campo, resultando em 217 novos<br />
registros para o Polígono Bertioga (87 pteridófitas, 21 monocotiledôneas e 109<br />
‘dicotiledôneas’). De diferentes fontes de dados secundários, ou seja, de outros trabalhos já<br />
realizados nos limites do Polígono foi obtido um total de 749 espécies (383 registros foram<br />
comuns às fontes primária e secundária de dados, e 366 foram exclusivos às fontes<br />
secundárias). Dentre estes trabalhos vale citar o estudo de Martins et al. (2008), o mais<br />
completo publicado até então para a área, que listou mais de 600 espécies de angiospermas<br />
para as Restingas do Polígono Bertioga.<br />
Aqui, entre os novos registros para a flora vascular, 95 registros foram feitos para a vegetação<br />
de Restinga, 136 para a FTB, 14 para o Costão Rochoso e 7 para o Manguezal e sua borda.<br />
Dentre estes, estão registros de novas famílias de angiospermas (i.e. Juncaginaceae,<br />
Sabiaceae e Typhaceae); de novos gêneros (e.g. Bauhnia, Hirea, Ottonia), de espécies<br />
comuns (e.g. Alseis floribunda, Cecropia pachystachya, Cereus fernambucensis,<br />
Chrysobalanus icaco, Conocarpus erectus – Figura 26F, Diploon cuspidatum, Maranta<br />
divaricata, Miconia cabussu, Myrocarpus frondosus, Pleurostachys urvillei, Remirea maritima,<br />
Spartina alterniflora, Tetrastilidium grandifolium, Tibouchina granulosa); e de espécies<br />
menos comuns (e.g. Asplundia rivularis, Daphnopsis martii, Faramea tetragona, Guettarda<br />
uruguensis, Ocotea odorifera, Picramnia parvifolia, Piper permucronatum, Spigelia<br />
tetraptera, Tovomitopsis paniculata, Triglochin striata).<br />
A fitofisionomia mais rica em espécies foi a FaRu, seguida pela FTB e pela FaRs (Figura 25).<br />
Estas foram também àquelas com maior número de espécies exclusivas. Outras fisionomias<br />
que surpreenderam em relação ao número de espécies foram a Restinga Arbustiva e o Costão<br />
Rochoso. Contudo, várias das fitofisionomias do Polígono Bertioga estão sub-amostradas até<br />
então e, portanto, a ordem de riqueza entre elas pode mudar com novos levantamentos.<br />
150 Módulo VEGETAÇÃO E FLORA