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FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

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sesmeiros (Santos, 1948, p.24). Ainda assim, as ocupações deveriam manter-se naquelas<br />

localidades mais próximas da barra de Bertioga. O Rio Itapanhaú parece ter concentrado,<br />

nesse período inicial da colonização uma tribo amistosa, chamados de Tapanhús, que serviram<br />

como colaboradores e também como escravos para os portugueses estabelecidos em Bertioga;<br />

do auxílio destes, dependeu-se, muitas vezes a defesa frente aos ataques tupinambás. No<br />

Cabussú, estabeleceu-se uma base catequética dos jesuítas visando essa comunidade<br />

indígena, por volta de 1585 (SANTOS, 1948, p.31).<br />

É assim que em 1587, Gabriel Soares de Souza afirmava que: “[...] e passando adiante destas<br />

torres [fortes de São Felipe e São João] pelo esteiro acima, da banda da terra firme estão os<br />

rios [...] que estão povoados com engenhos e outras fazendas” (Sousa, 1974, p.52). Nesse<br />

mesmo ano, duas grandes sesmarias eram concedidas a Diogo Rodrigues e José Adorno, por<br />

Jeronymo Leitão, “[...] na praia além da Bertioga, até Toque-Toque” (Almeida, 1959, p.44).<br />

Pelo texto da carta de Antonio Rodrigues de Almeida ficamos sabendo que as terras até<br />

Guaratiba [Guaratuba] já estavam ocupadas:<br />

[...] pediam lhes desse um pedaço de terra que está [...] indo da<br />

Bertioga para a ilha de São Sebastião [...] a saber de um logar que se<br />

chama Guaraty pa [...] com terras de Domingos Guarracho correndo<br />

por costa até onde dizem Itaco-Toque que está aquém da dita ilha de<br />

São Sebastião [...](Almeida, 1959, p.44-45).<br />

E na seqüência, Gonçalo Pedrosa era agraciado com outra porção de terra desse litoral em<br />

1608, “[...] o qual pedaço de terra começará da ponta do Toque-Toque onde acaba [...] que<br />

tem Diogo Rodrigues e Antonio Adorno [...]” (Almeida, 1959, p.46).<br />

Na região de São Sebastião, duas outras sesmarias era doadas, uma em 1608 3<br />

e outra em<br />

1609, para Diogo de Unhate e João de Abreu:<br />

[...] e porque a 15 léguas desta villa de Santos, na ilha de São<br />

Sebastião, na terra firme defronte della e toda a costa até o Rio de<br />

Janeiro eram todas as terras deshabitadas e devolutas, e ainda que<br />

eram tão longe pediam para ambos dois pedaços de terras de mattos<br />

bravos que começavam defronte da ilha de São Sebastião nos arrecifes<br />

que estão juntos de uma praia que chamam Piraquimirim...e que d’ahi<br />

vão cortando pela terra adiante ao longo do mar salgado, passando<br />

outros arrecifes que estão defronte da ilha ao longo da costa, e d’ahi<br />

iria pela mesma praia que se chama Saranambitú e por ella ao diante<br />

irá cortando até chegar ao porto das canoas que chamam<br />

Ibapitandiba, e deste porto correria direto à serra...E outro sim mais<br />

uma légua de terra de mattos, marinhos e capoeiras antigas dos<br />

gentios, que estavam devolutas, para plantações de canaveaes,<br />

algodoaess e mantimentos porque esta terra firma a queriam para<br />

3 A menção de Paulino de Almeida a 1603 parece ter sido ou um erro tipográfico, ou um equívoco de<br />

leitura.<br />

268 Módulo PATRIMÔNIO CULTURAL

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