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FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

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A lista da IUCN registrou duas espécies com Dados Deficientes (DD) P. bokermanni e P.<br />

moreirae. Embora P. bokermanni seja citada em duas das três listas utilizadas, esta espécie<br />

se mostrou abundante e comum dentro do Polígono.<br />

Durante o estudo de campo, foi observada em atividade reprodutiva em diferentes pontos,<br />

fato também mencionado por Morell & Forlani, 2007. A perereca de vidro H. uranoscopum e a<br />

rã P. moreirae são espécies encontradas com maior freqüência nas matas Ombrófilas,<br />

portanto sua ocorrência na região deve estar associada à fisionomia FTr.<br />

Os répteis apresentam um número mais elevado, com 11 espécies relacionadas nas listas de<br />

espécies ameaçadas. Assim como nos anfíbios, nenhuma espécie está inserida na lista das<br />

espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção (MMA, 2003) e apenas o jacaré Caiman<br />

latirostris está presente na lista da IUCN (2007) e categorizado com Baixo Risco (LR). As<br />

demais espécies estão presentes na lista do Estado de São Paulo (SMA-SP, 1998).<br />

Dentre elas Caiman latirostris e o lagarto Mabuya caissara são considerados ameaçados no<br />

critério de Vulnerável (A-VU). A serpente Corallus hortulanus também se encontra Ameaçada<br />

pelo critério “Em Perigo” (A-EP).<br />

As demais espécies estão categorizadas como PA, estas são: três lagartos Ecpleopus<br />

gaudichaudii, Polychrus marmoratus, Enyalius perditus; quatro serpentes Clelia plumbea,<br />

Dipsas neivai, Sordellina punctata e Micrurus decoratus, e o cágado Hydromedusa tectifera.<br />

A cobra da água Sordelina punctata, apresenta um grande número de registros para a região<br />

(Instituto Ibiosfera, 2007).<br />

A muçurana Clelia plumbea é uma espécies de grande porte que parece ser rara na região<br />

devido à ausência de dados recentes de avistamento e/ou coleta apesar do seu tamanho que<br />

facilitaria seu avistamento. Porém dados de recepção de serpentes do IBH demonstram um<br />

contínuo decréscimo nos registros de entrada desta espécie nos últimos anos (Zaher,<br />

comunicação pessoal), o que reforçaria a hipótese de um decréscimo populacional real ao<br />

invés de uma condição natural de baixa densidade populacional.<br />

Dentre as espécies registradas para o Polígono, apenas o lagarto Mabuya caissara é<br />

endêmico da região, tendo sua distribuição restrita ao litoral norte de São Paulo. Por outro<br />

lado, 82% dos anfíbios e 71% dos répteis registrados são endêmicos da Mata Atlântica. Algumas<br />

espécies podem ser consideradas endêmicas das matas de baixada e restingas, como a<br />

perereca Scinax angrensis e o lagarto Mabuya macrorhyncha ambos endêmicos do litoral de<br />

São Paulo e Rio de Janeiro.<br />

As restingas não apresentam um alto índice endemismo. São conhecidas atualmente seis<br />

espécies de anuros e nove de répteis (Silva et al, 2000; Rocha, 2000) com distribuição<br />

limitada a estas áreas. A baixa porcentagem de espécies endêmicas tem relação com os<br />

padrões recentes de distribuição e colonização destas regiões litorâneas e sua formação no<br />

Quaternário. Apesar do baixo número de espécies endêmicas registradas para a restinga,<br />

Cerqueira et al. (2000), assumem que a diversidade ligada a este ecossistema é particular e<br />

sensível aos distúrbios do meio, sendo sua conservação portanto prioritária.<br />

112 Módulo FAUNA

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