FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

Em relação ao oleoduto, existe ainda o risco de rompimento e contaminação do solo, já
registrado para o entorno do Polígono (Schaeffer-Novelli, 1986). Uma futura aproximação
institucional com as companhias responsáveis pela manutenção destas áreas seria altamente
benéfica, visando identificar as melhores estratégias de manutenção e de mitigação de seus
impactos à vegetação.
E por fim, vale destacar que diferentes áreas do Polígono Bertioga são utilizadas ou visitadas
por moradores locais e/ou turistas. Muitas pessoas possuem residência dentro destas áreas ou
as utilizam diariamente. Áreas como a Praia do Itaguaré recebem intensa visitação de turistas
(banhistas e pescadores) aos finais de semana. Algumas das trilhas visitadas também parecem
receber um volume razoável de turistas que aos finais de semana buscam cachoeiras nas
encostas da Serra do Mar, locais para fazer caminhada e até trilhas de motocicletas (Martins
et al. 2008).
Desta forma, estratégias de visitação e integração com turistas e moradores locais se fazem
essenciais no caso da criação de uma UC. No mesmo sentido, atividades de educação
ambiental nas escolas e bairros locais também são bem-vindos para sensibilizar os mesmos
moradores locais sobre a importância destas áreas para a conservação da diversidade
biológica do Estado de São Paulo, do Brasil e do mundo.
4.3.2 Áreas Prioritárias para Levantamentos Futuros
Após a análise dos trabalhos realizados na região do Polígono Bertioga e dos trabalhos de
campo vinculados a este estudo, foram identificados algumas áreas prioritárias para futuros
levantamentos por diferentes motivos, conforme Mapa 11, apresentado anteriormente.
Somente a avaliação pormenorizada destas e das demais áreas do extenso Polígono será capaz
de fornecer subsídios para o futuro manejo e definição de zonas prioritárias para pesquisa e
conservação.
Algumas destas áreas foram enquadradas como prioritárias em função da ausência de
levantamentos detalhados devido à dificuldade de acesso. Estas áreas não foram visitadas
e/ou estudada em detalhe neste estudo ou nos estudos realizados por Lopes (2007) e Martins
et al. (2008). É o caso das Florestas Paludosas, também conhecidos como Caxetais, e os
Brejos de Restinga. Ambos os ambientes são bastante peculiares quanto à sua dinâmica de
água no solo, que resultam em comunidades com composições florísticas bastante específicas.
Nestas áreas faz-se necessário a realização de verificação em campo e determinação de seus
limites (i.e. mapeamento ultra-detalhado) e inventários florísticos detalhados, além da
determinação de seu estado de conservação e de possíveis ameaças relacionadas a usos
humanos. No Polígono de estudo, exemplares de Florestas Paludosas se encontram na Fazenda
Acaraú, cujo acesso se dá pela Estação de Tratamento de Esgoto seguindo pela linha de
transmissão da CETEEP.
Áreas prováveis de Brejo de Restinga devem ser encontradas associadas aos trechos
inundáveis e meandros abandonados dos Rios Guaratuba e Itaguaré, cujo acesso mais fácil
deve ser, provavelmente, via barco.
Módulo VEGETAÇÃO E FLORA 167