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FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

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Sebastião, coincide com a localidade da Aldeia Indígena do Rio Silveira. Por fim, em Bertioga,<br />

segue o grupo 6 (Vulnerabilidade muito alta), com 18,3%, que de novo, coincide com a<br />

localidade da Aldeia Indígena do Rio Silveira.<br />

6.3 Caracterização do Uso do Solo no Polígono Bertioga e seu<br />

Entorno Imediato<br />

O processo de valorização do litoral como área de lazer teve seu início ainda nas primeiras<br />

décadas do século XX. A praia deixava de ser apenas uma porção marginal da terra e passava<br />

a representar um novo espaço de diversão para a “aristocracia cafeeira e industrial” de São<br />

Paulo, o que demandou a construção de vários hotéis à beira mar, com padrões arquitetônicos<br />

europeus para atrair tais famílias durante o período de verão.<br />

A construção de estradas e rodovias cada vez maiores, associada ao aumento da população<br />

urbana da Cidade de São Paulo e das demais cidades do interior paulista contribuíram<br />

fortemente para o incremento do turismo em todo litoral paulista.<br />

Desta forma, nas regiões litorâneas as atividades e empreendimentos ligados ao turismo e ao<br />

lazer, se consolidaram como base de sustentação do desenvolvimento local.<br />

Segundo texto do Plano de Manejo do PESM, a BR-101 - rodovia Rio-Santos, construída na<br />

década de 70, com o objetivo de interligar vários empreendimentos de infra-estrutura de<br />

base implantados entre o Rio de Janeiro e Santos, consolidou-se muito mais como uma<br />

estrada eminentemente turística, provocando grandes modificações sociais e econômicas na<br />

região.<br />

A ausência de planejamento governamental para o desenvolvimento sustentável coincidiu<br />

com os interesses das empreiteiras, empreendedores da classe média emergente, propiciando<br />

um crescimento urbano desordenado da faixa litorânea e a degradação ambiental da região.<br />

O maior impacto do boom turístico imobiliário ocorre na costa sul de São Sebastião. De<br />

maneira geral, as comunidades caiçaras foram engolidas por loteamentos e condomínios, que<br />

também ocupam toda restinga entre a estrada e o mar (São Paulo, 2006).<br />

O desenvolvimento do turismo de 2ª residência 7<br />

e o crescimento desordenado da malha<br />

urbana em todos os municípios atravessados pela BR-101 causaram excessivo parcelamento do<br />

solo e um verdadeiro colapso na infra-estrutura de abastecimento, saneamento, disposição de<br />

resíduos sólidos, estrutura viária e serviços públicos em geral. As conseqüências ambientais<br />

foram a destruição de florestas, manguezais e restingas, desestabilizações de encostas,<br />

alteração de regimes hídricos, poluição de rios e águas marinhas e proliferação de lixões.<br />

7<br />

Considera-se para o Litoral Norte duas populações: uma fixa, de residência permanente; e outra<br />

flutuante, de residência temporária (férias, fins de semana e feriados). A variação da população<br />

temporária é de 2 a 7 vezes a população fixa, atingindo o pico na temporada de verão. O turista vem<br />

então a esta Região em busca de “Sol e Praia”.<br />

Módulo OCUPAÇÃO ANTRÓPICA 215

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