FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

Subfamília Carolliinae
Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) - Morcego-de-rabo-curto
Está presente ao sul de Veracruz, ocupando quase toda a América do sul a leste dos Andes,
até o litoral, até a altura do Rio Grande do Sul (Eisenberg e Redford, 1999).
Sua ecologia é bastante conhecida. Sua dieta depende fortemente da ingestão de frutas de
Piper, mas também pode ser complementada com insetos (sendo considerado um limpafolhas).
Os machos defendem pequenos haréns, sendo que os locais mais comuns de refúgio
são troncos ocos, cavernas e locais úmidos. Esta espécie é típica de altitudes baixas e
encontrada tanto em florestas tropicais sempre-verdes quanto em florestas decíduas,
existindo indícios de migrações sazonais (Eisenberg e Redford, 1999).
Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) - Morcego de ombro amarelo
Ocupa quase todo o continente sul-americano, com sua distribuição iniciando-se no sul do
México, até o norte da Argentina. Costuma ser o morcego mais abundante onde ocorre,
podendo chegar a altitudes de 1982 m na Venezuela (Eisenberg e Redford, 1999). Está
confinado a habitats úmidos, refugiando-se em troncos ocos e cavernas. É exclusivamente
frugívoro e pode forragear no chão atrás de frutas caídas.
Sturnira tildae de La Torre, 1959 - Morcego-de-ombro-amarelo
Distribui-se exclusivamente na América do sul, ocorrendo desde a Colômbia até o sudeste
brasileiro. Na Venezuela todos os indivíduos foram coletados abaixo de 1165 m (Eisenberg e
Redford, 1999). É associado a áreas úmidas e florestas multi-estratificadas.
Subfamília Desmodontinae
Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810) - Morcego vampiro
Ocorre desde o México até o norte da Argentina, estando presente em todo o territorio
brasileiro. Pode ser encontrado em colônias de até 100 indivíduos, utilizando cavernas ou
construções humanas como refúgio, podendo a natureza do refúgio variar com a localidade
(Eisenberg e Redford, 1999).
Tem grande plasticidade de habitat, preferindo áreas abertas para forrageio e florestas
tropicais e subtropicais para refugio. Alimenta-se exclusivamente de sangue de mamíferos
estando associado à transmissão de doenças, principalmente Raiva, causando grande prejuízo
para rebanhos bovinos e eqüinos. Este fato resultou em ações indiscriminadas pelo homem,
destruindo abrigos e envenenando morcegos, inclusive de outras espécies. Formam colônias
normalmente com até 100 indivíduos, embora sejam conhecidas colônias com quase 500
morcegos. Dentro das colônias, um grupo social é composto de aproximadamente 10 fêmeas,
sendo que os machos lutam pelo acesso aos melhores grupos. Nos grupos há divisão de
alimento por regurgitação, segundo grau de parentesco e possibilidade de reciprocidade.
70 Módulo FAUNA