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FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

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Além disso, o registro de espécies muito exigentes e que habitam ambientes extremamente<br />

bem conservados, indica que na região do Polígono existem locais adequados a manutenção<br />

dessas espécies e, portanto, reforça a necessidade de proteção destas áreas.<br />

MAMÍFEROS<br />

Áreas de restinga, de modo geral, são consideradas sistemas de grande fragilidade no<br />

contexto do zoneamento do litoral brasileiro, encontrando-se degradadas ou alteradas em<br />

algum nível. Poucas se encontram preservadas ou protegidas em unidades de conservação,<br />

especialmente em comparação com outros ecossistemas considerados hotspots, como a<br />

floresta tropical ou o cerrado, os ecossistemas de restingas encontram-se notavelmente pouco<br />

representados dentro das unidades de conservação do país.<br />

A região estudada constitui uma área de restinga com características peculiares,<br />

apresentando uma larga faixa de mata de transição de encosta para restinga, dois tipos de<br />

mata de restinga e manchas de mata paludosa, bem como áreas de manguezal e diversos rios.<br />

A diversidade de feições de vegetação e a proximidade da região do PESM são fatores que<br />

contribuem para a fauna de mamíferos surpreendentemente rica encontrada durante o<br />

levantamento da mastofauna do Polígono Bertioga.<br />

Foram registradas, no total, 117 espécies de mamíferos, sendo 23 pequenos, 25 médios e<br />

grandes, e 69 espécies de quirópteros. Ao contrário do que ocorre em diversas áreas de<br />

restinga do sudeste do Brasil, a fauna de mamíferos não se apresenta empobrecida, chegando<br />

a apresentar endemismos.<br />

As espécies presentes são primordialmente de distribuição ampla, seguidas por espécies de<br />

distribuição na Mata Atlântica. No caso dos pequenos mamíferos, é importante ressaltar a<br />

presença de uma espécie de distribuição restrita (Trinomys iheringi) e duas espécies<br />

endêmicas (do gênero Phyllomys), bem como diversas espécies dependentes de cobertura<br />

florestal e que não toleram influência antrópica.<br />

Além das três espécies de equimídeos acima mencionadas, altamente sensíveis à influência<br />

antrópica, Euryoryzomys russatus e Rhipidomys mastacalis entre os roedores, e Gracilinanus<br />

microtarsus, Monodelphis scalops e Marmosops incanus dependem fortemente de cobertura<br />

vegetal e de florestas bem preservadas, sendo inclusive consideradas parcialmente<br />

ameaçadas para o Estado de São Paulo.<br />

No caso dos mamíferos de grande porte, encontram-se na área populações possivelmente<br />

ainda numerosas de diversas espécies ameaçadas e criticamente ameaçadas, pertencentes às<br />

Ordens Carnivora (como as espécies do gênero Leopardus), Primates (Brachyteles<br />

arachnoides), Artiodactyla (Tayassu tajacu e Tayassu pecari ) e Perissodactyla (Tapirus<br />

terrestris). A ocorrência destas espécies na região a tornam de especial interesse para a<br />

conservação.<br />

Do ponto de vista da fauna de mamíferos, a proteção desta área através da criação de uma<br />

Unidade de Conservação é fundamental para a manutenção das populações das diversas<br />

espécies ameaçadas e endêmicas presentes<br />

128 Módulo FAUNA

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