FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

3.3 Indicação de Estudos e Projetos de Conservação, Manejo e
Monitoramento e Áreas Prioritárias para Levantamentos Futuros
da Fauna
3.3.1 Estudos e Áreas Prioritárias para Levantamentos Futuros
AVES
O Polígono Bertioga abrange, de maneira geral, cinco fisionomias vegetais naturais distintas,
a Floresta Ombrófila Densa de Terras baixas, Floresta Ombrófila Densa Sub-Montana, Floresta
alta de Restinga, Floresta baixa de Restinga e Manguezal. Ainda, existem áreas antropizadas,
como pastos, beira de estradas, área peridomiciliar, jardins, etc.
Entre estas fisionomias, destacam-se a Floresta de Terras Baixas e as Florestas de Restinga,
que são pouco representadas no PESM. Nestas, foram registradas as espécies ameaçadas de
extinção no Polígono. Sabe-se que na Floresta de Terras Baixas ocorrem muitas espécies em
comum com a Floresta Sub-Montana, fisionomia com maior riqueza e maior número de aves
ameaçadas (Buzzetti & Drumond, 2006), assim como espécies típicas da Floresta de Restinga,
como o jaó-do-litoral Crypturellus noctivagus, o sabiá-pimenta Carpornis melanocephalus, a
saíra-sapucaia Tangara peruviana e o vite-vite Hylophilus thoracicus.
O jaó-do-litoral ocorre na planície litorânea de Bertioga, e existem poucos registros desta
espécie no Estado de São Paulo. Outra espécie importante que ocorre em Bertioga é o
papagaio-moleiro Amazona farinosa (Buzzetti & Drumond, 2006), com registros também na
Ilhabela (Olmos, 1996), assim como o sabiá-cica Triclaria malachitacea.
As áreas florestais da região abrigam um número significativo de espécies restritas a estas
formações. Alguma dessas espécies estão sujeitas a pressão de caça e portanto, devem
receber atenção especial quanto à sua conservação, entre elas a jacutinga Pipile jacutinga, o
jacuguaçu Penelope obscura, o uru-capoeira Odontophorus capueira e o macuco Tinamus
solitarius. As duas últimas foram registradas no Polígono Bertioga, e as duas primeiras são
citadas como de ocorrência no mesmo. Por serem registros isolados, faz-se necessária a
obtenção de dados mais precisos sobre as áreas de ocorrência e de populações de diversas
espécies de interesse, a fim de melhor fornecer subsídios para as ações de conservação na
planície litorânea e baixa encosta da Serra do Mar na região de estudo.
Diante do exposto, fica evidente a importância de se manter todo o gradiente vegetacional,
desde a Restinga arbustiva, passando pela Floresta de Restinga, Floresta de Terras Baixas e
sua transição com a Floresta Sub-Montana, levando em consideração que a maior parte destas
áreas está fora dos limites do PESM. Além disso, de maneira geral, são preferíveis como alvos
de conservação, blocos de floresta contínua com formas poligonais com baixa relação
borda/interior, próximos ou contíguos a outros blocos de floresta nativa, sobretudo o PESM.
Dentro do possível, deve ser evitado o desenho alongado dos fragmentos, com alta
relação borda/interior, desconectados ou afastados de outros blocos florestais nativos.
Portanto, é importante a escolha de áreas que considerem a forma do fragmento, a
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