FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF
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As Florestas Ribeirinhas, identificadas por Lopes (2007) dentro do Polígono de estudo (citado<br />
pela autora como Floresta aluvial), também não foram visitadas em campo e devem ser alvo<br />
de futuras checagens de campo e detalhamentos florísticos.<br />
Outras áreas foram consideradas como prioritárias para futuros estudos simplesmente por não<br />
terem sido inventariadas apropriadamente em nenhum dos estudos encontrados, ou mesmo<br />
durante o presente estudo. Algumas destas áreas representam áreas isoladas cujo substrato<br />
geológico é diferenciado de seu entorno, gerando fitofisionomias distintas.<br />
É o caso da FTB sobre morros e morrotes ‘ilhados’ em meio as diferentes formações de<br />
Floresta de Restinga, como por exemplo, o Morro do Itaguá, o Morro do Tatu e demais<br />
morrotes. Estas áreas possuem influência de componentes da Floresta Ombrófila Densa e da<br />
Floresta de Restinga e, portanto, possuem um caráter transicional ou ecotonal que deve<br />
abrigar uma elevada riqueza de espécies de plantas.<br />
Outras áreas que também possuem riqueza de espécies potencialmente alta e foram mal<br />
inventariadas até então são os trechos de FTB sobre a Planície Costeira. Tanto na Área 1<br />
quanto na Área 2 e 3 do Polígono Bertioga, os trechos de FTB visitados estavam sobre a baixa<br />
encosta da Serra do Mar. Contudo, existem trechos em ambas as áreas de FTB sobre a Planície<br />
Costeira. A possibilidade de estas áreas possuírem composição e/ou estrutura diferenciada<br />
das demais áreas FTB deve ser verificada em campo, mediante um estudo detalhado.<br />
Outras áreas foram enquadradas como prioritárias para futuros levantamentos de dados<br />
devido à ocorrência restrita estar associada a sua exposição às diversas intervenções humanas<br />
(corte seletivo, coleta de produtos florestais não madeireiros, habitação, lixo, visitação<br />
intensa e possivelmente especulação imobiliária).<br />
Portanto, tratam-se de áreas que devem ser mais bem compreendidas e diagnosticadas para<br />
verificar o quão ameaçado elas se encontram no âmbito do Polígono de estudo. São elas: as<br />
Restingas Arbustivas e Florestas Baixas de Restinga da Praia do Itaguaré.<br />
Ambas tem ocorrência restrita e estão expostas à livre e intensa circulação de pessoas, que<br />
parece não ser regulada pelos proprietários (Itaguaré Agrícola Ltda.). São áreas que abrigam<br />
espécies endêmicas do litoral paulista, como Roupala paulensis e Kielmeyera decipiens, ou<br />
espécies visadas para coleta e venda ilegal para a ornamentação, como Epidendrum fulgens<br />
(Figura 29C) e Nidularium innocentii (Firuga 30C).<br />
Outras áreas foram enquadradas como prioritárias para futuros levantamentos devido à sua<br />
elevada riqueza de espécies. Neste aspecto, a área de FTB em transição para FSM visitada na<br />
Área 3 do Polígono Bertioga (Trilha da Água Branca) se destaca. Durante a visita de apenas um<br />
período e em condições climáticas bastante desfavoráveis (i.e. chuva e ventos fortes), foi<br />
possível identificar 258 espécies diferentes, pertencentes a 76 famílias botânicas.<br />
Esta foi a única ou uma das duas áreas na qual algumas espécies ameaçadas, como Cedella<br />
fissilis, Cyathea glaziovii, Dictyostega orobanchoides, Polybotrya speciosa e Vriesea<br />
hieroglyphica, foram avistadas. Por estes e outros motivos, a área torna-se prioritária para<br />
futuros estudos, especialmente no tocante à identificação das árvores que compõem o dossel<br />
da floresta, que pode chegar aos 30 m em alguns pontos.<br />
168 Módulo VEGETAÇÃO E FLORA