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FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

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Durante o levantamento de dados preliminares, a observação da forma de ocupação da área<br />

indicou que além da construção de casas e condomínios de veraneio, e especialmente nas<br />

áreas mais distantes da faixa litorânea, pequenas favelas começam a estabelecer-se. Estes<br />

núcleos de ocupação situam-se na borda das áreas de floresta, e durante as entrevistas com<br />

os moradores para a elaboração das listas de espécies, ficou claro que a caça é uma atividade<br />

constante.<br />

Nas áreas de mata de encosta e de transição, existem ranchos de caçadores que são utilizados<br />

com freqüência. Além das espécies de mamíferos, como porcos do mato e veados, os<br />

caçadores dedicam-se a abater também aves de maior porte, atividade que também é comum<br />

dentro das áreas das grandes fazendas da região. A conservação desta região implica na<br />

fiscalização constante, com a eliminação dos ranchos e armadilhas e apreensão das armas de<br />

fogo, de forma a evitar que a pressão de caça extermine as populações locais.<br />

Um outro fator de ameaça para os pequenos mamíferos em particular, além da degradação do<br />

hábitat decorrente da ocupação humana, é a pressão exercida por animais domésticos (gatos<br />

e cachorros) ferais ou não, predadores eficientes destes animais.<br />

ANFÍBIOS E RÉPTEIS<br />

A única espécie exótica confirmada para a região do Polígono é o lagarto Hemidactylus<br />

mabouia. Conhecida popularmente como lagartixa-de-parede, comumente encontrada em<br />

áreas urbanas, foi registrada com freqüência em moitas de bromélias nas ilhas do litoral norte<br />

de São Paulo (Vanzolini, 1968), demonstrando que a espécie também ocorre em áreas<br />

naturais. Acredita-se que esta espécie tenha tido uma origem Africana e foi introduzida no<br />

Brasil através da ação humana (Vanzolini, 1968).<br />

A rã-touro (Lithobates catesbeianus) não foi registrada para a região do Polígono, mas está<br />

presente dentro do perímetro do Parque Estadual da Serra do Mar (Martins et. al, 2006).<br />

Devido à proximidade com o PESM, citamos esta espécie aqui com o intuito de alertar sobre o<br />

potencial risco de invasão da área por mais espécie exótica. A rã-touro tem sua origem na<br />

América do Norte. Sua introdução no Brasil ocorreu decorrente da implantação de ranários,<br />

que tinham como finalidade de produção de carne para consumo. A falta de cuidados<br />

ocasionou no escape de diversos animais em diferentes regiões do Brasil.<br />

Diferente da lagartixa-de-parede que aparentemente não causa danos a populações nativas,<br />

uma vez introduzida, sua retirada é de difícil execução e seus efeito são longos e duradouros<br />

(Kiesecker, 2003). Os adultos em geral são generalistas em sua alimentação com uma<br />

tendência ao canibalismo intra e inter-específico. Os principais efeitos da rã-touro para as<br />

espécies de anfíbios nativos são: redução de atividade; aumento da fuga; redução da<br />

sobrevida dos adultos e girinos; redução da taxa de metamorfose e do tamanho alcançado na<br />

fase larval (Kiesecker, 2003). Caso esta espécie seja registrada dentro do Polígono Bertioga,<br />

medidas diretas para impedir o seu avanço devem ser implementadas,com o intuito de se<br />

prevenir um maior dano às populações locais.<br />

114 Módulo FAUNA

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