FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

4.2.2.2 Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (FTB)
Também chamada de Floresta da Planície Costeira, ou de Floresta de Transição Restinga-
Encosta, esta formação florestal se desenvolve sob a planície costeira, formadas por depósitos
coluvionares da Serra do Mar (Veloso, 1992). Desenvolve-se principalmente entre altitudes de
5 a 50 m, e requer altas temperatura e precipitação. Assim como a FSM, é caracterizada pela
presença de macro e mesofanerófitos, lianas e epífitos. Seu dossel também é contínuo, mas
geralmente mais baixo que a última formação (c.a. 18 m de altura). Na área de estudo esta
formação está restrita aos sopés da Serra do Mar, aos morrotes isolados (e.g. Morro do Tatu) e
às planícies de sedimentação fluvial e coluvionar de baixada ao longo de toda a porção Norte
do Polígono. Na área de estudo, sua flora é caracterizada por componentes da FSM e da
Floresta de Restinga (descrita à seguir). Contudo, algumas espécies que indicam o início desta
formação são: Alsophila sternbergii, Buchenavia kleinii, Cariniana estrellensis, Cryptocarya
moschata, Cyathea delgadii, Myrocarpus frondosus, Psychotria nuda, Pterocarpus rohrii,
Virola bicuhyba e Vochysia bifalcata.
4.2.2.3 Formações Pioneiras
Existem também várias vegetações que se desenvolvem sobre terrenos jovens e/ou instáveis
e, por isso, são consideradas como formações em constante sucessão (Veloso, 1992). Assim,
trata-se de uma vegetação de primeira ocupação que, na área de estudo, estão representadas
principalmente pela vegetação com influência marinha ou Restingas, e pela vegetação com
influência fluvio-marinha ou Manguezal.
A. Restingas (RES): trata-se da vegetação que se desenvolve sobre sedimentos arenosos
marinhos, depositados recentemente (aproximadamente 8 mil anos atrás), após inúmeras
transgressões e regressões marinhas. Sobre essas planícies arenosas se desenvolve um
complexo vegetacional com características florísticas e estruturais bastante peculiares. Este
complexo se forma ao longo de um gradiente entre o mar e a Serra do mar e é determinado
principalmente pelo teor de matéria orgânica e de nutrientes no solo, salinidade, ventos,
características físicas do substrato e profundidade do lençol freático. Assim, a restinga é
subdividida em diferentes formações com diferentes complexidades:
• Floresta Alta de Restinga (FaR): ocorre sob os depósitos marinhos mais antigos, onde
já ocorrem maiores teores de matéria orgânica no solo e maior fertilidade do solo.
Pode ser ainda subdividido em duas feições: a Floresta Alta de Restinga Seca (Mata
Seca – FaRs, (Figuras 20G e 20H) e Floresta Alta de Restinga Úmida – FaRu (Figura 20I).
Suas características estruturais (i.e. estratificação vertical, altura média do dossel)
são basicamente as mesmas e se assemelham às características da FTB, porém existem
consideráveis diferenças em relação à sua composição florística. Há grande
diversidade e densidade de epífitas (Breier, 2005). Espécies arbóreas abundantes
nestas formações são: Amaioua intermedia, Calophyllum brasiliense, Manilkara
subsericea (Figura 22D), Ocotea pulchella, Psidium cattleyanum, Schefflera
angustissima e Tapirira guianensis (BRASIL, 1996; Sampaio et al. 2005). No Polígono de
estudo, espécies que ocorreram apenas nestas formações foram Abarema
brachystachya, Daphnopsis racemosa, Ilex theezans, Geonoma schottiana, Gordonia
Módulo VEGETAÇÃO E FLORA 137