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FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

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Para outras espécies cujo crescimento e dispersão são mais velozes, atividades de manejo<br />

deverão ser conduzidas de acordo com o hábito e características propagativas das espécies. A<br />

presença de Pinus cf. elliottii, mesmo que localizada, é de certa forma preocupante, pois<br />

espécies do gênero têm sido citadas como invasoras em diversas partes do país.<br />

Sua capacidade de dispersão via sementes faz com que a busca e eliminação de plântulas e<br />

jovens se façam necessárias, além do anelamento ou corte dos indivíduos adultos. Uma<br />

abordagem semelhante será necessária para a Goiaba, mas sugere-se que seja feito um<br />

estudo mais detalhado para esta espécie que serve de alimento para várias espécies de aves.<br />

Para espécies de crescimento rizomatoso como é o caso da bananeira e do lírio-do-brejo, é<br />

provável que o simples corte dos indivíduos não seja suficiente para sua eliminação,<br />

necessitando talvez da aplicação localizada de herbicidas diretamente no caule dos<br />

indivíduos. Estas espécies possuem capacidade de reprodução vegetativa muito acelerada, o<br />

que torna seu controle mais urgente que o das demais espécies.<br />

O mesmo pode ser dito a respeito da maria-sem-vergonha, muito comum no litoral paulista e<br />

cuja capacidade de dispersão é alta. Futuros projetos de monitoramento devem incluir<br />

também gêneros de bambu com potencial invasor, como Guadua e Merostachys, já<br />

detectadas como espécies invasoras bastante problemáticas em outras florestas do Estado<br />

(São Paulo, 2007).<br />

O corte ilegal de palmito é uma prática disseminada por toda a Floresta Atlântica,<br />

infelizmente. Tal prática está presente mesmo em áreas protegidas como Parques Estaduais<br />

onde há alguma vigilância e monitoramento. E ela tem conseqüências relativamente graves,<br />

especialmente no que se refere à oferta de alimento à fauna (Galetti & Aleixo 1998). No<br />

Polígono Bertioga, tal prática foi observada em praticamente todos os pontos no qual a<br />

espécie ocorre naturalmente. Projetos bem-sucedidos no controle de tais atividades são<br />

escassos, pois se trata de um assunto que permeia aspectos sociais, econômicos e culturais.<br />

Assim, qualquer projeto específico que vise o controle do corte ilegal de palmito deve<br />

envolver a educação e conscientização ambiental da população local, geração de rendas<br />

alternativas às famílias de ‘palmiteiros’ e até mesmo a implantação de projetos específicos e<br />

licenciados de manejo consciente da espécie.<br />

Neste sentido também, faz-se necessária a avaliação do atual status populacional da espécie,<br />

visando dizer o quão grave é a situação e se medidas como a semeadura direta serão<br />

necessárias para restabelecer ou adensar as populações ainda existentes.<br />

Outro aspecto a ser mencionado se refere à avaliação, controle e monitoramento dos<br />

impactos relacionados à presença da linha de transmissão (CETEEP), do oleoduto<br />

(Petrobrás) e da rodovia (SP-55 - <strong>DE</strong>RSA), que cortam ou fazem limite com o Polígono. Além<br />

dos efeitos de borda e fragmentação causados por sua presença em si, estas intervenções<br />

humanas representam vetores para a entrada e dispersão de espécies exóticas e invasoras.<br />

Por outro lado, estas áreas facilitam também o acesso humano a pontos mais remotos do<br />

Polígono, que podem ser usados para práticas ilegais como o corte de palmito e/ou caça.<br />

166 Módulo VEGETAÇÃO E FLORA

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