FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF
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Ponto 1 (P1): trecho de extensão restrita de Restinga Herbácea (vegetação pioneira de<br />
dunas), que recobre um trecho de duna incipiente, ou seja, uma duna não-estabelecida.<br />
Trata-se de uma vegetação pioneira e aberta com altura média de 0,5 m, formada<br />
principalmente por ervas (eretas ou rastejantes, e.g. Ipomoea pes-caprae, Blutaparon<br />
portulacoides e Acicarpha spathula) e alguns arbustos (geralmente escandentes, e.g.<br />
Dalbergia ecastaphyllum). A serapilheira é descontínua e pouco desenvolvida. O estado geral<br />
de conservação é bom, com pouco lixo aparentemente trazido pelo mar. Não houve sinais de<br />
infestações por lianas ou bambus invasivos neste ponto. Apenas foram encontrados alguns<br />
indivíduos jovens da exótica Terminalia cattapa (Chapéu-de-Sol).<br />
Ponto 2 (P2): área de topografia plana recoberta pela Restinga Arbustiva (Escrube Pós-Praia).<br />
A vegetação é predominantemente arbustiva, e estruturalmente composta por moitas de<br />
arbustos e arvoretas (até 10 cm de DAP) com altura média 2 m entremeados por área abertas<br />
de vegetação herbácea. O estrato herbáceo é dominado por bromélias (e.g. Bromelia<br />
antiacantha e Quesnelia arvensis), orquídeas (i.e. Epidendrum fulgens e Cyrtopodium<br />
polyphyllum) e outras ervas. O ‘sub-bosque’ é ralo, e a serapilheira é descontínua e pouco<br />
desenvolvida. O estado de conservação é regular devido à presença de lixo e uso da área por<br />
moradores locais, além da proximidade de áreas com intensa visitação (Figura 19A). Epífitas<br />
praticamente inexistem e foram encontradas as seguintes espécies exóticas Psidium guajava<br />
(Goiaba), Mangifera indica (Manga) e Terminalia cattapa (Chapéu-de-Sol). A área não é<br />
circundada pela Restinga Herbácea, localmente erodida pela ação do mar.<br />
Ponto 3 (P3): trecho de Floresta Alta de Restinga Seca (FaRs), composta por um dossel<br />
contínuo com altura média de 15 m e distribuição diamétrica que vai além do 50 cm de DAP,<br />
desenvolvidos sobre uma topografia plana. Possui três estratos claros (i.e., estrato herbáceo,<br />
sub-dossel e dossel), sendo o herbáceo bastante denso e composto predominantemente por<br />
bromélias (e.g. Nidularium innocentii, Bromelia antiacantha e Quesnelia arvensis). O subdossel<br />
é medianamente ocupado e a presença de epífitos é abundante. Há a presença de<br />
lianas e bambus, geralmente associada às áreas de borda do fragmento, mas em pequenas<br />
densidades. A camada de serapilheira é contínua e espessa. O estágio de regeneração é<br />
mediano e o estado de conservação é bom, apesar de não terem sido encontrados indivíduos<br />
de Euterpe edulis (palmito-juçara) ao longo da trilha. Há a presença de lixo, resquícios de<br />
práticas religiosas (vulgarmente ‘macumba’) e relatos de entrada de automóveis (jipes) e<br />
motocicletas na trilha. As únicas espécies exóticas encontradas foram Sansevieria trifasciata<br />
(Espada-de-São-Jorge) e a pteridófita Nephrolepis biserrata.<br />
Ponto 4 (P4): trecho curto de Floresta Alta de Restinga Úmida (FaRu), composto por um<br />
dossel ligeiramente descontínuo, de altura média de 16 m e três estratos claros. Os indivíduos<br />
possuem diâmetros maiores que 50 cm de DAP, e o sub-dossel é denso. A presença e<br />
diversidade de ervas terrestres e epífitos são notáveis. Não há evidências de bambus<br />
invasivos, mas algumas lianas mostraram certa dominância nas bordas do fragmento. A<br />
serapilheira é contínua e espessa, o estado de conservação é bom, e o estágio de regeneração<br />
é avançado. Pouco lixo foi encontrado nas margens da trilha. A pteridófita Thelypteris<br />
dentata foi a única espécies exótica encontrada.<br />
Módulo VEGETAÇÃO E FLORA 143