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FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

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4. MÓDULO VEGETAÇÃO E FLORA<br />

No Brasil, a intensa degradação florestal se iniciou com a chegada dos europeus, há mais de<br />

500 anos. O primeiro bioma atingido foi a Floresta Atlântica, convertida para a agricultura e<br />

construção de cidades (Dean 1995). Atualmente, resta menos de 8% da extensão original da<br />

Floresta Atlântica Brasileira (Galindo-Leal & Câmara 2003), o que geralmente corresponde a<br />

fragmentos alterados, pequenos e/ou isolados (Viana & Tabanez 1996, Morellato & Haddad<br />

2000).<br />

Além do desmatamento, as florestas remanescentes são continuamente perturbadas pelo<br />

homem (e.g. fogo, corte seletivo, caça), alterando sua estrutura, composição de espécies<br />

(Whitmore & Sayer 1992) e interações biológicas (Silva & Tabarelli 2000).<br />

Este contexto representa uma grave ameaça à alta diversidade (específica, genética e<br />

funcional) existente na Floresta Atlântica, eleita o quarto mais importante hotspot de<br />

biodiversidade do planeta (Myers et al. 2000). O desconhecimento sobre a distribuição<br />

geográfica de muitos táxons da Floresta Atlântica torna a situação ainda mais preocupante.<br />

Por tais motivos, alguns autores afirmam que algumas espécies da Floresta Atlântica já foram<br />

extintas e que outras o serão em breve devido à alta fragmentação (Whitmore & Sayer 1992,<br />

Galindo-Leal & Câmara 2003).<br />

Portanto, a criação de Unidades de Conservação (UC) é uma importante ferramenta para a<br />

conservação da biodiversidade da Floresta Atlântica. Neste sentido, a realização de estudos<br />

específicos para definir áreas prioritárias para o estabelecimento de UCs é essencial para<br />

potencializar a conservação das espécies e a utilização dos recursos financeiros disponíveis.<br />

Entre estes estudos, o levantamento da vegetação (i.e. identificação e caracterização das<br />

fitofisionomias em uma dada área) é uma etapa essencial na descrição e compreensão de<br />

ambientes naturais. Isto porque, a vegetação sofre influências diretas dos demais elementos<br />

do ambiente (e.g. clima, geologia, relevo e solos) e, por isso, sua composição e estrutura<br />

reflete, em grande parte, variações nestes elementos (Rizzini 1997).<br />

Dentro da descrição da vegetação, aspectos bastante importantes se referem à composição e<br />

número de espécies, que representam um reflexo de mecanismos ligados à heterogeneidade<br />

do ambiente, ao histórico de perturbações e a mudanças paleoambientais (Raven et al. 1999).<br />

Por isso, a composição e riqueza de espécies vegetais funcionam como importantes<br />

indicadores que devem ser usados na definição de prioridades de conservação e estratégias de<br />

manejo.<br />

A área na qual o Polígono denominado Bertioga está inserido é bastante importante por vários<br />

motivos. Como a maior parte do que restou da Floresta Atlântica cobre as escarpas e<br />

montanhas ao longo da costa atlântica, áreas contínuas de florestas sobre a Planície Costeira<br />

são de especial importância para a conservação da Floresta Atlântica. Adicionalmente, há<br />

poucos trechos de vegetação de restinga em Unidades de Conservação no Estado (e.g. PESM –<br />

Núcleo Picinguaba e P.E. da Ilha do Cardoso).<br />

Módulo VEGETAÇÃO E FLORA 131

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