FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF

4.2 Caracterização da Cobertura Vegetal
4.2.1 Estudos Realizados no Polígono Bertioga e Entorno
Foram encontrados 19 estudos realizados dentro dos limites ou no entorno do Polígono
Bertioga envolvendo os temas flora e/ou vegetação. A maior parte destes estudos
corresponde a estudos publicados em anais de congressos ou simpósios (7) e teses de
doutorado ou dissertações de mestrado (5). Outros seis deles foram publicados em periódicos
científicos. Boa parte destes estudos foi realizada no ambiente de manguezal, envolvendo os
mais diferentes temas. Lamparelli (1995) e Moura (1997) trataram sobre a dinâmica da
serapilheira (produção e decomposição) de espécies de manguezais no Canal de Bertioga,
próximo ao Polígono de estudo. Soares et al. (1993, 2000) desenvolveu modelos para estimar
a biomassa aérea das espécies Rhizophora mangle e Laguncularia racemosa também nos
manguezais de Bertioga. Adicionalmente, Peria et al. (1990) usou os manguezais de Bertioga
para avaliar o efeito de impactos antrópicos sobre a estrutura dos mesmos.
Em uma série de estudos bastante detalhados, as fisionomias florestais e suas associações
com o substrato geo-pedológico foram estudadas nas Bacias dos Rios Itaguaré e Guaratuba,
que corresponde praticamente à Área 1 do Polígono em estudo. Seus resultados estão
publicados nos estudos de Moreira et al. (2006), Lopes et al. (2006) e Lopes & Souza (2007).
Tais estudos culminaram, por fim, em uma proposta de classificação dos biomas desta mesma
região, publicada em Souza et al. (2007). Outros estudos realizaram levantamentos históricos
sobre a origem e evolução do uso de solo na região de Bertioga, com enfoque especial no
planejamento ambiental e redução da cobertura vegetal (Rosa & Fierz, 1999; Girardi, 2001).
Listagens de espécies vegetais foram disponibilizadas por diferentes autores, que realizaram
estudos tanto dentro quanto no entorno do Polígono. Martins et al. (2008) publicaram uma
extensa caracterização das espécies de fanerógamas ocorrentes nas restingas de Itaguaré, São
Lourenço e Guaratuba, que incluem os dados de Sampaio (2004) sobre as lianas associadas a
diferentes fisionomias de restinga. A área de abrangência deste trabalho corresponde
praticamente à Área I do Polígono Bertioga. Outra listagem contendo as espécies associadas a
diferentes fisionomias de restinga foi publicada por Lopes (2007), também referente a trechos
dentro dos limites da Área 1 do Polígono.
Ainda dentro dos limites da Área 1 do Polígono (Fazenda Acaraú – Sertão da Praia de São
Lourenço), Bourscheid et al. (2007) levantaram a riqueza de espécies de bromélias. Em
regiões limítrofes do Polígono em Bertioga, Guedes et al. (2006) realizaram um levantamento
de espécies arbustivo-arbóreas associadas à floresta alta de restinga seca e úmida. Por fim,
apesar de fora dos limites do Polígono, Salino et al. (2002) levantaram a riqueza de espécies
de pteridófitas no Núcleo São Sebastião do PESM. Envolvendo a ecologia e/ou a estrutura de
florestas no Polígono foram encontrados apenas os trabalhos de Silva et al. (2003) e Guedes et
al. (2005), que tratavam da estrutura de florestas de restinga e do banco de sementes do
solo, respectivamente. Nota-se que a grande maioria dos estudos publicados para a região do
Polígono Bertioga, especialmente aqueles envolvendo sua composição florística, foram
realizados na última década.
Módulo VEGETAÇÃO E FLORA 135