FAZER CAPA COLORIDA GERAL DO PLANO DE MANEJO ... - WWF
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A. Pequenos Mamíferos<br />
Ordem Marsupialia<br />
Família Didelphidae<br />
Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826) – Gambá-de-orelha-preta<br />
Presente em toda a Floresta Atlântica, o gambá-de-orelha-preta ocorre em simpatria com o<br />
gambá-de-orelha-branca, Didelphis albiventris, em algumas localidades do Estado de São<br />
Paulo, onde sua distribuição se estende até os limites do Cerrado. Possui hábitos noturnos<br />
(Voss et al., 2001), podendo andar tanto na copa alta das árvores como no sub-bosque<br />
intermediário ou no solo (Charles-Dominique, 1983; Emmons, 1990). Utiliza buracos em<br />
troncos de árvores, geralmente próximos a cursos d’água, para abrigar-se (Miles et al. 1981).<br />
É uma espécie considerada oportunista quanto à alimentação, consumindo principalmente<br />
pequenos animais e frutos (Emmons, 1990; Nowak, 1999), mas apresentando grande variação<br />
quanto aos táxons consumidos (Rossi et al. 2006), podendo até mesmo, em regiões litorâneas,<br />
consumir crustáceos marinhos (Cabrera e Yepes, 1960). É um marsupial comum e abundante<br />
tanto em áreas conservadas quanto alteradas, habitando inclusive centros urbanos.<br />
Espécimes registrados na área do levantamento: MZUSP 9663, 9711, 10053, 10360, 17608 e<br />
espécimes capturados nas cotas altitudinais mais baixas do PESM (Carmignotto, 2006).<br />
Gracilinanus microtarsus (Wagner, 1842) – Catita, cuíca, cuíca-graciosa<br />
Considerada endêmica da Mata Atlântica nas regiões Sudeste e Sul do Brasil (Hershkovitz,<br />
1992), parece estar associada a locais de grande precipitação pluvial (Eisenberg e Redford,<br />
1999), sendo uma espécie comum, embora não abundante (Bonvicino et al., 2002).<br />
Apresenta-se sempre associada a formações florestais (Eisenberg e Redford, 1999) e<br />
aparentemente é incapaz de atravessar matrizes de gramíneas exóticas (Pires et al., 2002).<br />
É uma espécie onívora, alimentando-se de insetos, pequenos vertebrados e frutas<br />
(Hershkovitz, 1992). Assim como Marmosops incanus (ver abaixo), sua reprodução está<br />
fortemente associado à estação chuvosa (Passamani, 2000), porém sem apresentar nenhuma<br />
queda populacional referente ao período pós-reprodutivo. Os animais desta espécie<br />
apresentam pés largos e cauda longa indicando hábito arborícola, apesar de serem coletados<br />
tanto no solo quanto em árvores (Eisenberg e Redford, 1999). É uma espécie sensível a<br />
alterações no habitat.<br />
Lutreolina crassicaudata (Desmarest, 1804) – Cuíca-de-cauda-grossa<br />
Aparentemente existem populações distintas desta espécie: uma no leste da Colômbia e<br />
Guiana, outra no nordeste da Bolívia e sudeste do Brasil, estendendo-se até regiões norte e<br />
leste da Argentina (Brown, 2004). Esta espécie exibe considerável variação morfológica, tanto<br />
no tamanho e medidas corporais como em coloração, sendo que esta ultima pode dever-se a<br />
elementos ambientais (Eisenberg e Redford, 1999). Está associada principalmente a cursos<br />
déágua e é boa nadadora, inclusive capturando presas aquáticas (Eisenberg e Redford, 1999),<br />
52 Módulo FAUNA