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Brasil: urbanização e fronteiras - USP

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7. CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO<br />

Recapitulando colocações feitas anteriormente 1 acerca das condições de re-<br />

produção da sociedade de elite do <strong>Brasil</strong>, vimos que elas implicam num en-<br />

trave ao processo de acumulação autônoma do país. Esse bloqueio é impos-<br />

to pelo Estado de elite, por intermédio da neutralização, esterilização ou<br />

expatriação do excedente social produzido. 2<br />

Mas se a análise histórica permite identificar o papel do Estado brasileiro<br />

no processo da acumulação entravada, o mesmo não ocorre se sua atuação<br />

for abstraída da relação dialética acima. Neste caso as duas facetas de ação<br />

estadual: a) a promoção das condições gerais da produção de excedente; e<br />

b) o simultâneo bloqueio das condições de sua acumulação interna; se<br />

caracterizarão como simplesmente contraditórios. Ocultado ou ignorado o<br />

antagonismo central que os anima, isolados do processo que engloba a<br />

totalidade social (e que lhes confere o sentido do movimento) os<br />

procedimentos do Estado de elite aparecem como uma sucessão<br />

inconsequente de avanços e recuos. 3<br />

1 Ver Introdução.<br />

2 Deák (1991): Acumulação entravada no <strong>Brasil</strong> e a crise dos anos 80.<br />

3<br />

Para ilustrar essa aparente contradição, lembre-se do período de industrialização de<br />

Getúlio, seguido do modelo liberal de Dutra; da crise em que foi precipitado o novo

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