14.04.2013 Views

Brasil: urbanização e fronteiras - USP

Brasil: urbanização e fronteiras - USP

Brasil: urbanização e fronteiras - USP

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capítulo 8 - A FORMULAÇÃO D E UMA POLÍTICA URBANA PARA O BRASIL<br />

ticamente à risca). O livro de Hilhorst indica quatro funções estratégicas<br />

dessas, obtidas através do acoplamento de dois padrões de atividade sócio--<br />

econômica: dispersão e concentração, a dois objetivos: expansão e<br />

consolidação. Os quatro tipos básicos de estratégia espacial seriam,<br />

portanto:<br />

i) expansão com dispersão;<br />

ii) expansão com concentração;<br />

iii) consolidação com dispersão;<br />

iv) consolidação com concentração.<br />

"É óbvio - acrescenta o autor - que os investimentos, destinados a tais objetivos, terão de<br />

seguir certos padrões, sujeitos, naturalmente, a limitações impostas pela escassez dos<br />

recursos disponíveis." 59<br />

Elencados os principais aspectos das diretrizes teóricas de planejamento que<br />

embasaram a política de <strong>urbanização</strong> do SERFHAU, pode-se apontar seus<br />

resultados na aplicação daquela política.<br />

Em primeiro lugar, fizeram com que os quadros regionais, instrumentos de<br />

conhecimento do espaço, acabassem como que congelados na estrutura de<br />

planejamento em elaboração, transformados em uma moldura fixa de ações<br />

localizadas. Não mais uma base de leitura, tornaram-se o próprio suporte<br />

territorial e o objeto do planejamento, e, com isso, um instrumento de<br />

perpetuação das regiões como obstáculos ao processo de unificação do<br />

espaço.<br />

Em segundo lugar, instrumentaram a redução de uma política de<br />

<strong>urbanização</strong> à criação, desenvolvimento e instrumentação de um número<br />

limitado de núcleos urbanos voltadas a atuar internamente a suas<br />

respectivas áreas de influência regionais, para controlar desequilíbrios.<br />

Em terceiro, possibilitaram o ‘isolamento’ do Estado no planejamento,<br />

apoiando-se em estruturas burocráticas superpostas ao quadro institucional<br />

59 Hilhorst (op.cit.), p.131, (minhas ênfases).<br />

209

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!