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Brasil: urbanização e fronteiras - USP

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Capítulo 8 - A FORMULAÇÃO D E UMA POLÍTICA URBANA PARA O BRASIL<br />

explicitado também no documentos oficiais referentes ao tema. Veja-se, por<br />

exemplo, algumas passagens do documento supra-citado do SERFHAU:<br />

"O desequilíbrio do arcabouço urbano brasileiro só pode ser analisado através de<br />

uma ótica nacional e regional. Só se podem compreender as razões pelas quais a<br />

<strong>urbanização</strong> tem se processado em ritmo e intensidade variáveis nas diferentes regiões<br />

do país se se analisar as bases econômicas e suas raízes históricas, que determinaram<br />

as desigualdades de desenvolvimento regional do país. O processo de<br />

superação destes desequilíbrios do arcabouço urbano está, portanto, estreitamente<br />

vinculado ao processo de redução das desigualdades do nível de desenvolvimento<br />

das diferentes regiões. Em outras palavras, uma maior racionalidade funcional da<br />

estrutura do arcabouço urbano do país só poderá ser conseguida através de uma<br />

política nacional de desenvolvimento urbano formulada dentro do contexto de<br />

uma política racional de desenvolvimento regional.<br />

Devido também às desigualdades regionais do <strong>Brasil</strong>, parece ser muito difícil<br />

equacionar-se uma estratégia única para implantar tal política.(...) Desta forma por<br />

exemplo, para as regiões de baixa densidade demográfica seria viável cogitar-se<br />

da criação de polos de desenvolvimento de vários níveis hierárquicos. Para as<br />

áreas mais desenvolvidas da região sudeste, porém, a estratégia deverá talvez<br />

objetivar uma gradativa descentralização econômica e demográfica dos grandes<br />

centros existentes; principalmente São Paulo e Rio de Janeiro." 32<br />

Ou então:<br />

"A formulação de uma política de desenvolvimento urbano só é concebível e válida,<br />

se elaborada através de uma ótica regional. As cidades nascem e se desenvolvem<br />

em função dos potenciais econômicos, estratégicos, etc., de uma dada região.<br />

Portanto, as forças que impulsionam ou reprimem o crescimento dos centros urbanos<br />

deverão ser diagnosticadas, necessariamente, em seu contexto regional." 33<br />

Convém buscar, assim, as bases teóricas em que as diretrizes da política aci-<br />

ma esboçada se calcaram, e interpretar de que modo eles respondiam às es-<br />

pecificidades do período em pauta. Primeiramente, veja-se as fontes.<br />

32 Pereira (op.cit.) p.377<br />

33 Pereira (op.cit.) p.379.<br />

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