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Anais do I- EEL - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

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REVELL – Revista <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Literários da UEMS, Ano 01, número 1. ISSN: 2179-4456<br />

expressão criativa, uma disciplina distinta, uma forma artística e literária que lida com a<br />

disposição <strong>de</strong> figuras e imagens para narrar uma história ou dramatizar uma i<strong>de</strong>ia” (EISNER,<br />

1985, pg. 5.). Por conta <strong>de</strong>ssa preocupação o cartunista cunha um conceito para <strong>de</strong>nominar<br />

tu<strong>do</strong> o que buscava alcançar com seus quadrinhos: Arte Sequencial.<br />

Outra gran<strong>de</strong> e importante colaboração <strong>de</strong> Eisner para as Histórias em Quadrinhos foi<br />

a popularização <strong>do</strong> termo Graphic Novel, traduzi<strong>do</strong> no português para Novela ou Romance<br />

Gráfico. Os Romances Gráficos são Histórias em Quadrinhos com narrativas compridas e em<br />

formato <strong>de</strong> livro. Como já dito anteriormente, uma das principais novelas gráficas <strong>de</strong> Will<br />

Eisner é “Contrato com Deus”, porém Eisner também reescreveu e publicou gran<strong>de</strong>s clássicos<br />

da literatura internacional como a história infantil A Princesa e o Sapo, o clássico da literatura<br />

espanhola Dom Quixote com o titulo <strong>de</strong> O último cavaleiro andante e o clássico Moby Dick<br />

intitula<strong>do</strong> pelo cartunista como A baleia branca.<br />

Will Eisner mu<strong>do</strong>u a forma como se lê e produz histórias em quadrinhos, ele é o<br />

pre<strong>de</strong>cessor <strong>de</strong> toda uma geração <strong>de</strong> cartunista e estudiosos que enten<strong>de</strong>m as HQs, ou como<br />

preferia Eisner, Arte Sequencial como um meio literário e artístico riquíssimo culturalmente.<br />

Eisner morreu em 2005, mas como diz Eloyr Pacheco em sua coluna para o site Sobrecarga, o<br />

cartunista faleceu, porém sua obra continuará sempre viva:<br />

Também soube da morte <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> mestre das Histórias em Quadrinhos sem<br />

nenhuma preparação para receber a notícia. Olhan<strong>do</strong> para a minha coleção on<strong>de</strong><br />

meticulosamente as obras <strong>de</strong> Eisner estão reunidas, disse para o Humberto<br />

(Yashima): "Como que ele morreu... veja a obra <strong>de</strong>le!". (PACHECO, 2005, p. 04)<br />

Em sua última visita ao Brasil, em maio <strong>de</strong> 2001, Eisner é entrevista<strong>do</strong> pelo site<br />

Universo HQ. Ao lhe perguntarem sobre “(...) a sensação <strong>de</strong> ser uma "lenda viva" <strong>do</strong>s<br />

quadrinhos, uma referência aos artistas atuais?” Eisner respon<strong>de</strong> com o bom-humor e a<br />

humilda<strong>de</strong> que cativaram muitos fãs no mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong>: “Qual a sensação <strong>de</strong> ser uma lenda viva?<br />

Bem... É um pouco melhor <strong>do</strong> que estar morto, eu lhe diria. (risadas)” (EISNER, 2001).<br />

3. ARTE SEQUENCIAL<br />

Foi Will Eisner um <strong>do</strong>s maiores colabora<strong>do</strong>res para que, aos poucos, os quadrinhos<br />

passassem a ter uma maior respeitabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ixassem <strong>de</strong> ser vistos, em <strong>de</strong>trimento<br />

aos discursos apocalípticos, como baixa-cultura. Suas colaborações no aspecto da<br />

linguagem eram visíveis nas tiras <strong>de</strong> "The Spirit" publicadas nos jornais, ainda na<br />

década <strong>de</strong> 40. (MUANIS, 2005. p. 03)<br />

Indubitavelmente Will Eisner foi um <strong>do</strong>s melhores quadrinistas <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tempos,<br />

porém o que o <strong>de</strong>stacou <strong>do</strong>s outros cartunistas foi sua <strong>de</strong>dicação na busca por méto<strong>do</strong>s novos<br />

e revolucionários para a indústria das HQs e principalmente sua preocupação em transformar<br />

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