Amílcar Pinto: - Estudo Geral - Universidade de Coimbra
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As multiplicida<strong>de</strong>s do traço — uma análise sistemática da obra <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong><br />
129<br />
Capítulo 3<br />
Sabemos, contudo, que nos anos setenta foi frequente o recurso a acrescentos <strong>de</strong> palco,<br />
sempre a produção do espectáculo o exigia 443 .<br />
José Manuel Fernan<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>ra esta obra como: um exemplo <strong>de</strong> uma estética<br />
mo<strong>de</strong>rnista radical, assente no jogo entre superfícies prismáticas, cilíndricas e planas.<br />
Sendo que neste caso o imóvel apresentava ainda formas com uma forte marcação «artes<br />
<strong>de</strong>corativas» 444 . Ainda, <strong>de</strong> acordo com este arquitecto, esta lógica formal <strong>de</strong>corria <strong>de</strong> claras<br />
influências do movimento De Stijl holandês, divulgado entre nós através do conhecimento<br />
das obras do francês Mallet-Stevens 445 . Tiago Soares Lopes, mais recentemente,<br />
consi<strong>de</strong>rou ser notório o conhecimento, por parte <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>, da obra <strong>de</strong> Robert<br />
Mallet-Stevens, após análise exaustiva <strong>de</strong>ssas referências que o Teatro Rosa Damasceno<br />
nos transmite 446 . Ten<strong>de</strong>mos enfileirar na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>stas perspectivas, no quadro <strong>de</strong> uma<br />
lógica formal muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da conjugação das ―linhas mo<strong>de</strong>rnistas‖ com as ―artes<br />
<strong>de</strong>corativas‖ 447 .<br />
Teatro Rosa Damasceno<br />
Santarém<br />
Imagem 64<br />
Planta do “Foyer e Camarotes” (2.º balcão)<br />
Arquivo IGAC – pr. nº 14.16.0001<br />
443<br />
Custódio, Jorge, Teatro Rosa Damasceno – fundamentação para a classificação como Imóvel <strong>de</strong> Interesse Público, p.<br />
15.<br />
444<br />
FERNANDES, José Manuel, ―Para o estudo da arquitectura mo<strong>de</strong>rnista em Portugal – A evolução estilística (III)‖,<br />
Arquitectura, Lisboa, n.º 137 (4ª série), Julho/Agosto <strong>de</strong> 1980, p. 18.<br />
445<br />
I<strong>de</strong>m, ibi<strong>de</strong>m, p. 18.<br />
446<br />
LOPES, Tiago Soares, ob cit. p. 61 a 66.<br />
447<br />
Sobre o Teatro Rosa Damasceno, veja-se a ficha <strong>de</strong> inventário 938.STR.04, bem como: CUSTÓDIO, Jorge, Teatro<br />
Rosa Damasceno – fundamentação para a classificação como Imóvel <strong>de</strong> Interesse Público, Santarém, 1991.<br />
[Policopiado]; LOPES, Tiago Soares, O Teatro Rosa Damasceno <strong>de</strong> Santarém – significados <strong>de</strong> uma intervenção, (…),<br />
Setembro 2008; NORAS, José R. Cenas da Vida <strong>de</strong> um Cine-Teatro – o Teatro Rosa Damasceno <strong>de</strong> Santarém, Lisboa,<br />
Apenas Livros, col. ―Ofiusa‖, n.º 12, Outubro 2008.