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Amílcar Pinto: - Estudo Geral - Universidade de Coimbra

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Desenhos <strong>de</strong> uma vida: o percurso biográfico <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong><br />

28<br />

Capítulo 2<br />

atribuíveis a <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong> relacionadas com o exercício <strong>de</strong>stas funções 78 . É certo que,<br />

sobretudo, se trataria <strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong> no âmbito mais específico da fiscalização <strong>de</strong> edifícios<br />

(construídos ou a construir) e não tanto da elaboração <strong>de</strong> projectos com a vista à sua<br />

construção. Por outro lado, como se observa noutros casos, era muito frequente o carácter<br />

colectivo e por vezes ―anónimo‖ das obras públicas nesta época. Ainda é possível que, no<br />

regime <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacamento <strong>de</strong> funções, tenha sido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo indicado para o Ministério da<br />

Instrução Pública.<br />

Por <strong>de</strong>creto governamental em 1927 79 é transferido para o Ministério da Instrução<br />

Pública, organismo com o qual já <strong>de</strong>senvolvia activida<strong>de</strong>, segundo cremos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do<br />

governo <strong>de</strong> Sidónio Pais 80 . Neste Ministério viria a actuar como Arquitecto Chefe da<br />

Repartição <strong>de</strong> Construções Escolares 81 , participando no esforço <strong>de</strong> construção <strong>de</strong><br />

equipamentos escolares iniciado na Primeira República e continuado pelo Estado Novo, com<br />

uma acção <strong>de</strong> relevo. A autoria dos edifícios escolares <strong>de</strong>sta época é difícil <strong>de</strong> <strong>de</strong>slindar, na<br />

ausência <strong>de</strong> comprovação documental. Isto não acontece apenas pela inexistência <strong>de</strong><br />

projectos, em muitos dos casos, mas sobretudo pelo carácter anónimo da maioria dos<br />

existentes 82 .<br />

Contudo, o nome <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong> surge ligado à construção do novo edifício da<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Farmácia, ainda em 1920 83 . A obra nunca passou da fase das fundações e<br />

nenhuma documentação <strong>de</strong> relevo chegou até nós. Dessa forma, apesar <strong>de</strong> este ter sido,<br />

eventualmente, o primeiro trabalho da autoria <strong>de</strong> <strong>Amílcar</strong> <strong>Pinto</strong>, <strong>de</strong> que temos notícia, são<br />

extremamente escassas as informações a seu respeito que chegaram até nós. A futura ligação à<br />

Repartição <strong>de</strong> Construções Escolares — on<strong>de</strong> sabemos que pelo menos a partir <strong>de</strong> 1923, já<br />

colaborava pontualmente — po<strong>de</strong> fazer supor ter havido alguma intervenção <strong>de</strong>sse organismo<br />

nesse processo. No entanto, o relato da história da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia dá a enten<strong>de</strong>r que<br />

se tratou encomenda ao arquitecto, no contexto da sua activida<strong>de</strong> privada 84 .<br />

78<br />

I<strong>de</strong>m, ibi<strong>de</strong>m; Arquivo IHRU, Processo individuais/Processo individual <strong>Amílcar</strong> da Silva <strong>Pinto</strong>, processo 0452/2/DSARH,<br />

cx. 76, fl. 31.<br />

79<br />

Decreto regulamentar 13.700 <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1927<br />

80<br />

―A nossa homenagem aos constructores do Seminário Diocesano - a acção do Arquitecto <strong>Amílcar</strong> da Silva <strong>Pinto</strong>‖ em ob.<br />

cit., ibi<strong>de</strong>m.<br />

81<br />

Arquivo IRHU, ob. cit., processo 3196/DGEMN, fl. 21.<br />

82 Veja-se BEJA, Filomena; SERRA, Júlia; MACHÁS, Estrela; SALDANHA, Isabel, Muitos anos <strong>de</strong> escolas – Ensino<br />

primário [até] 1941, Lisboa, Ministério da Educação/Direcção-geral <strong>de</strong> Administração Escolar, 1990, vol. 1.<br />

83<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Farmácia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Lisboa/Historial [Página Web oficial], http://www.ff.ul.pt/historia.aspx, a 18 <strong>de</strong><br />

Outubro <strong>de</strong> 2008, 17h36<br />

84 I<strong>de</strong>m, ibi<strong>de</strong>m.

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